Com moradia mais cara, inflação em fevereiro cresce 1,38% em Salvador

O Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA), principal índice que mede a inflação oficial do país ficou em 1,38% em Salvador no mês de fevereiro, após registrar 0,38% em janeiro de 2025 – uma alta de 1 p.p e acima da média nacional que registrou aceleração de 1,31%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 12, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A inflação na capital baiana foi puxada pelo grupo de Habitação, que foi de 5,30% entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. No Brasil, a Habitação ficou em 4,44%, responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês.No acumulado do ano, o subgrupo de Aluguel Residencial foi de 2,56%. Nos últimos meses o preço médio do aluguel em Salvador registrou alta de 33,3% nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice FipeZap de janeiro, desenvolvido pela Fipe e pelo Grupo OLX.

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A Educação foi o segundo grupo que registrou maior aceleração, tanto no Brasil quanto na capital baiana, de 4,70% e 4,64%, respectivamente. Em Salvador, o maior custo no grupo de Educação foi no ensino médio, de 8,77% no acumulado do ano.O grupo de Alimentação e Bebidas teve alta de 2,96%. No Brasil, o grupo registrou alta de 0,70%. Nos últimos meses, o preço dos alimentos foi um grande vilão na cesta básica dos brasileiros, com destaque para o café, que teve uma aceleração de 33% em 2024.Neste mês, o governo federal anunciou uma medida para baratear alguns alimentos essenciais como o café, azeite de oliva e carnes, através da isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).A isenção do ICMS em produtos da cesta básica já é uma realidade na Bahia. O imposto estadual já é zerado pelo governo baiano, ou seja, não incide sobre produtos como arroz, feijão, milho, sal de cozinha, farinha e fubá de milho, farinha de mandioca, pescados comercializados por pescadores, macarrão e pães produzidos na Bahia, leite pasteurizado, ovos, frutas, legumes, hortaliças e carnes bovinas, suínas, ovinas, caprinas e de aves, cujo abate tenha ocorrido na Bahia, entre outros.BrasilO IPCA de fevereiro foi de 1,31%, ficando 1,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,16%). Esse foi o maior IPCA para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (4,44%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, também, as altas nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% do índice IPCA de fevereiro.No grupo Educação (4,70%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).No grupo Habitação (4,44%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,56 p.p.), ao avançar 16,80% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-14,21%), em função da incorporação do Bônus de Itaipu.

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