‘Não existe investigação contra o pai da vitima’, diz polícia sobre caso Vitória

A Polícia Civil de São Paulo desmentiu a informação de que Carlos Alberto Souza, pai da adolescente Vitória Regina de Sousa, 17, estaria entre os suspeitos do assassinato da menina. Ela foi encontrada morta em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.

Diretor da polícia negou que pai seja investigado. “Nao existe investigação contra o pai da vitima”, disse o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), Luiz Carlos do Carmo, em coletiva na tarde de hoje.

Cativeiro pode ter sido encontrado. Segundo a polícia, ainda hoje será periciado o local para onde provavelmente Vitória foi levada e mantida antes de ser morta.

Polícia investiga se houve abuso sexual contra a vítima e se sangue em carro era dela. Autoridades aguardam os resultados dos exames. O DNA é demorado porque precisa ser feita uma descontaminação do material biológico, encontrado no carro de um dos suspeitos.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que mais de uma pessoa participou do assassinato da adolescente. Para os investigadores, apenas uma pessoa seria incapaz de cometer o crime. “Ali tem a participação e a coautoria de outros elementos [outras pessoas]”, afirmou o diretor da PCSP, Luiz Carlos do Carmo em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, ontem.

“Demos um grande passo com a prisão do Maicol, um dos autores que praticou essa barbárie”, disse o diretor do DEMACRO, Luiz Carlos do Carmo.

Vitória desapareceu no fim de fevereiro. Ela saiu do trabalho, pegou um ônibus e mandou mensagem para uma amiga. Depois, pegou outro ônibus e escreveu para a amiga dizendo que estava com medo de estar sendo seguida.

Corolla passou pelo trajeto da jovem. Segundo a polícia, o carro teria perseguido a adolescente. O corpo dela foi encontrado no dia 5 de março, com sinais de tortura.

Um dos suspeitos gravou trajeto feito por Vitória antes de desaparecer, diz polícia. As imagens foram encontradas no celular de Daniel Lucas Pereira, segundo Luiz Carlos do Carmo, diretor da Polícia Civil. “O celular dele está sendo encaminhado para perícia, mas já visualizamos que nele tem imagens gravadas no caminho entre o ponto de ônibus até a residência da vítima”, afirmou ao Domingo Espetacular, da TV Record.

No sábado, foi decretada a prisão temporária de Maicol Antonio Sales dos Santos, outro suspeito. Maicol é dono do veículo Corolla que teria sido visto no local onde Vitória desapareceu. “Não há um único caminho investigativo que não aponte o envolvimento de Maicol com os fatos investigados”, escreveu a juíza Juliana Junqueira na decisão em que acatou o pedido de prisão temporária.

Uma contradição em depoimento foi um dos fatores que levou à prisão de Maicol. Ele afirmou à polícia que na noite de 26 de fevereiro, quando Vitória desapareceu, estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe dela, onde ficou até o dia seguinte, e só falou com ele por mensagem.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.