Zarhará: família marca presença na marcha das mulheres e pede justiça

Marcha Mulheres Zarhará

Clamando por justiça e respostas, a família da estudante Zarhará Hussein Tormos, 25 anos, esteve presente neste sábado, 8, na Marcha do Dia Internacional das Mulheres, na região central de Foz do Iguaçu.

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Com faixas e camisetas, tias, primas e outros parentes da estudante de biomedicina pediam solução para o crime. O corpo da jovem foi encontrado na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, no banco traseiro do próprio carro no Remanso Grande, área rural da cidade, dois dias após o desaparecimento.

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Ainda abalada, a mãe não compareceu à marcha. Uma das tias de Zarhará, Laudicéia dos Santos diz que a família está ansiosa, devastada, sem conseguir dormir e com muita pergunta e interrogação. “A Zarhará era uma menina trabalhadora que não parava. Era até difícil ter acesso a ela de tanto trabalhar”, diz.

Marcha por Zarhará
Família diz que Zarhará era trabalhadora e esforçada. Foto: Maria Eduarda/APP-Sindicato/Foz

Nos últimos anos, a jovem trabalhou em shoppings como vendedora, entrava cedo e saia do expediente à noite. Tempos depois, começou a cursar biomedicina em uma faculdade particular e a rotina era trabalho, academia e faculdade, conta a tia.  

“Esperamos uma resposta, saber o que aconteceu, quem foi. Isso levou um pedaço da gente”, lamenta.

Polícia aguarda laudos e não descarta feminicídio

A Polícia Civil informou na sexta-feira, 7, que as investigações relativas ao crime prosseguem com diligências que são realizadas diariamente. Os agentes aguardam a conclusão de laudos técnicos realizados no local do crime.

Marcha Mulheres
Parentes pedem solução para o crime. Foto: Maria Eduarda/APP-Sindicato/Foz

A Delegada da Mulher, Giovana Antonucci diz que o crime ainda não está sendo tratado como caso de feminicídio, porém é uma das linhas de investigação. “Infelizmente tivemos essa morte. Perder uma mulher em qualquer situação é muito triste”, diz.

Inspetora da Patrulha Maria da Penha, Maristela Bail diz que Zarhará havia solicitado medida protetiva porque vinha recebendo ameaças do ex-namorado. No entanto, não chegou a se queixar para a Guarda Municipal de qualquer descumprimento.

A medida protetiva começou a valer em novembro de 2024. Além das ameaças, o ex-namorado chegou a sequestrar o gato de Zarhará e pichou o muro da casa dela.

Apesar de não acionar a Guarda Municipal, a jovem registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil após receber ameaças por whatsApp por um perfil fake.

A estudante morava sozinha e foi vista pela última vez ao deixar a faculdade, no turno da noite. Ela saiu no próprio carro e no dia seguinte deixou de responder mensagens. O corpo foi encontrado no banco traseiro do carro com pés e mãos amarradas e tiros.

O crime comoveu Foz do Iguaçu. Diversas pessoas se manifestaram em redes sociais consolando a família.

Denúncias

Informações podem ser repassadas à Delegacia de Homicídios pelo Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone (45) 99932-1176 em caráter de anonimato.

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