Caso Braskem: uma tragédia ainda não resolvida

Neste março de 2025, em pleno Carnaval, quando o normal é se festejar os momentos de folia, cerca de 200 mil alagoanos – aproximadamente um quinto da população de Maceió – ainda estão a se lamentar, pois são vítimas do que é considerado o maior desastre ambiental do mundo numa área urbana, que ontem completou 7 anos..

Trata-se, especificamente, do afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, causado pela escavação da indústria química Braskem em busca de sal-gema, matéria prima fundamental para as suas atividades.

Pressionada pelos prejudicados e pela opinião pública, a mineradora admitiu sua culpa, em depoimento de um dos seus dirigentes na CPI instaurada pelo Senado Federal.

Ao longo desse tempo, a Braskem não indenizou satisfatoriamente a maioria das vítimas, tem enfrentado problemas com a Defensoria Pública, viu seu valor de mercado ser afetado por conta de pendências com instituições bancárias e deixou de ser uma empresa atrativa para eventual negociação. Nesse contexto, há poucos dias, em tom ameaçador, admitiu até fechar sua fábrica do Pontal da Barra, em Maceió.

No poder público, estabeleceu parceria com a Prefeitura de Maceió mediante liberação de recursos financeiros e através principalmente de investimentos em obras na cidade.

O governo do Estado ainda tenta alguma compensação em seu favor, enquanto o governo federal se omite, passando a ideia de que não tem nada a ver com o drama patrimonial, social e emocional dos milhares de prejudicados pela empresa.

 

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