“Muita covardia”, diz passageira baleada na nuca durante assalto a ônibus na Serra

Vítima deu entrevista para a TV Tribuna. Ela se recupera em casa após ser atingida por um tiro na nuca

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Reprodução / TV Tribuna

Vítima de um assalto enquanto voltava de um trabalho na noite desse domingo (02), uma cozinheira de 30 anos conversou com a reportagem da TV Tribuna/Band e contou como sobreviveu a um tiro que entrou na nuca e saiu na lateral da cabeça sem causar sequelas. A mulher, que não quis ser identificada, se recupera em casa após o momento de desespero. O assalto aconteceu por volta das 22 horas, quando três indivíduos entraram no ônibus do Transcol que havia acabado de sair do Terminal de Carapina, e anunciaram o assalto no bairro Rosário de Fátima, na Serra. A vítima, moradora de Vitória, voltava de um trabalho particular prestado em um condomínio na Serra. Ela lembrou que nenhum passageiro reagiu ao assalto e todos já haviam entregado celulares quando um dos envolvidos deu uma coronhada em uma outra vítima, de 57 anos, e depois atirou.”Muita covardia, porque em momento algum eu escutei alguém reagindo. Quando eles anunciaram o assalto o meu instinto foi só levantar a mão pra trás e entregar o meu celular, sem reação nenhuma, sem olhar para a cara deles. Não tem explicação, porque eles já tinham o que eles queriam, que era aparelho celular e bolsas”, contou.A cozinheira relembrou os momentos de desespero que viveu, lembrando do filho de seis anos que a esperava em casa. “Me desesperei. Comecei a orar, no meio da minha oração clamava por socorro”, declarou. Segundo ela, a equipe médica considerou o caso um milagre. “O médico falou: ‘Você nasceu de novo, porque nunca vi algo parecido’. O tiro entrou na nuca e saiu próximo à lateral da cabeça sem me causar sequelas nenhuma, não atingiu o crânio, não atingiu a cervical”, acrescentou.A cozinheira agora se recupera em casa e precisará ficar 15 dias sem trabalhar. A Polícia Civil informou que o fato foi registrado como tentativa de latrocínio e será investigado por meio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e, até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi detido.

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