Jovem que foi encontrada carbonizada teria ido a Pontal do Paraná antes do achado

Desde a última quarta-feira, 26, a Polícia Civil de Paranaguá está empenhada na investigação de um crime que chocou a cidade de Paranaguá, quando Jenyffer Soares Brau Kruczkievicz Gardini, de 20 anos foi encontrada morta e com o corpo parcialmente carbonizado, no bairro Jardim Paraná.

A descoberta foi realizada por funcionários da Prefeitura que realizavam serviços de manutenção da via e recolhimento de lixo. Ao avistarem o cadáver, acionaram imediatamente a Polícia Militar.

Em entrevista exclusiva, o delegado Nunes Diniz, que lidera o caso, disse que a vítima saiu da cidade de Pinhais, onde morava, solicitando um carro de aplicativo até Pontal do Paraná. Lá, permaneceu por um tempo antes de ser levada para Paranaguá, onde seu corpo foi encontrado parcialmente carbonizado.

“Ainda precisamos do laudo da perícia para confirmar se ali houve apenas a ocultação do corpo ou se a morte ocorreu no local. Além disso, aguardamos o laudo da necropsia para determinar a causa da morte”, explicou Diniz.

A polícia já ouviu o motorista do aplicativo que transportou a vítima. “Ele forneceu informações importantes para a investigação”, afirmou o delegado. 

A vítima, segundo os pais, não tinha histórico de envolvimento com drogas ou bebidas alcoólicas e passava a maior parte do tempo com a mãe. “Os pais mencionaram que, nos últimos meses, ela estava um pouco mais retraída, mas nada que sugerisse que sairia de Pinhais sem avisar e fosse para outra cidade. Além disso, ela não tinha nenhum relacionamento amoroso com alguém no momento”, disse o delegado Diniz.

No momento do achado, a vítima não portava documentos e nem o seu aparelho de celular. 

Laudo pericial

Os vestígios coletados na cena do crime foram enviados para análise pelo Instituto de Criminalística. “É cedo para antecipar qualquer conclusão, pois dependemos do laudo pericial. O perito médico-legista tem até 10 dias para emitir o laudo, que será fundamental para a investigação”, destacou o delegado Nilson Diniz.

Investigação

O trabalho da Polícia Civil e da Força Nacional segue intensificado. “Nossas equipes estão nas ruas, buscando qualquer indício que aponte para a autoria do crime”, garantiu Diniz.

A investigação também ouvirá os familiares da vítima que moram em Pontal do Paraná. “Vamos esperar o fim do velório para colher os depoimentos de todos”, concluiu o delegado.

Agora, a busca se concentra em imagens de câmeras de segurança e testemunhas que possam ter visto a jovem em Pontal do Paraná antes do crime, e a polícia pede que qualquer pessoa que tenha informações entre em contato com a delegacia.