Potiguares com ensino superior completo mais do que triplica em 22 anos

Entre os anos 2000 e 2022, o aceso ao ensino aumentou no Rio Grande do Norte. A parcela da população sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, por exemplo, caiu de 69,3% em 2000 para 42,6% em 2022. Mas, o maior avanço foi observado no ensino superior, que triplicou, passando de 4,6% para 15,1% nesse mesmo período. Os dados são do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta quarta (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As pessoas entre 6 e 14 anos de idade, faixa etária em que a matrícula no ensino fundamental é obrigatório, apresentou a maior taxa de frequência escolar no Brasil (98,26%), uma tendência que se repetiu no Rio Grande do Norte (98,50%).

O levantamento também mostra que a frequência escolar no Rio Grande do Norte é mais alta que a média nacional e até nordestina na maioria das faixas etárias, com destaque para crianças de 4 a 5 anos (91,83%) e jovens de 15 a 17 anos (87,49%), superando tanto a média do Nordeste (85,74%) quanto a nacional (85,25%).

Além disso, a taxa de frequência entre jovens de 18 a 24 anos no estado (32,10%) foi superior às médias nacional (27,68%) e nordestina (26,70%), o que sugere um maior acesso ao ensino superior ou técnico no território potiguar.

São Gonçalo do Amarante registrou a maior taxa para a faixa de 6 a 14 anos (99,02%), enquanto Parnamirim se destacou na faixa de 15 a 17 anos (90,81%) e na frequência de adultos (9,15%). Já Natal apresentou uma taxa relativamente alta para a faixa etária de 18 a 24 anos (38,06%), semelhante a Parnamirim (38,64%).

Homens mais frequentes

No Brasil, a taxa bruta de frequência escolar é ligeiramente maior entre homens (26,92%) do que entre mulheres (26,02%). Já no Nordeste esses índices são muito mais desiguais (sendo 28,01% para homens e 26,89% para mulheres) e seguem o mesmo padrão no Rio Grande do Norte: 28,09% para homens e 26,91% para mulheres. Natal apresentou a menor taxa para mulheres (25,91%).

Maior escolaridade entre as mulheres

Na faixa etária acima dos 18 anos, o grau de escolaridade é maior entre as mulheres. No Brasil 26,16% das mulheres frequentavam a graduação, enquanto entre os homens a taxa era de 18,76%.

Essa diferença também se reflete na pós-graduação, com 4,12% das mulheres em especialização, contra 2,38% dos homens, além de maior presença feminina no mestrado (0,91% contra 0,69%) e doutorado (0,46% contra 0,39%).

No Rio Grande do Norte, as mulheres superaram os homens em todas as categorias, destacando-se no mestrado (1,1% contra 0,74%) e no doutorado (0,53% contra 0,43%). Em Natal, essa diferença foi ainda mais evidente, com 1,69% das mulheres cursando mestrado e 1,01% doutorado, enquanto entre os homens os percentuais foram de 0,97% e 0,63%.

Dentre as profissões, os cursos mais comuns na preferência de homens e mulheres são Negócios, Administração e Direito, com 90.966 graduados, sendo 46.856 mulheres e 44.110 homens.

Já entre as mulheres, o curso mais procurado foi Educação, com 58.012 graduadas para apenas 8.155 graduados, seguido por Saúde e Bem Estar. Os homens, por sua vez, apresentaram maior representatividade em Engenharia, Produção e Construção, com 16.897 graduados frente a apenas 9.042 mulheres. Na área de Computação e Tecnologias da Informação, a diferença também foi expressiva: 5.166 homens contra 1.108 mulheres.

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