PT e Centrão disputam vaga na articulação política após troca de Nísia por Padilha no Ministério da Saúde


Presidente disse à ministra que a troca não foi por questões técnicas, mas pela necessidade de um ministro que enfrente o embate político com a oposição. Presidente Lula e Ministra da Saúde Nísia Trindade. Nesta terça (25) o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e a Ministra da Saúde Nísia Trindade, participam da Cerimônia de Assinatura de Parcerias para Fortalecimento da Produção e Inovação de Vacinas e Biofármacos.
TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
No fim desta terça-feira (26), o presidente Lula confirmou a troca da ministra da Saúde, Nísia Trindade, pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, abrindo, dessa forma, vaga na articulação política, pasta disputada pelo Centrão e pelo PT — até mais pelo PT do que pelo Centrão.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), é defendido por uma ala do partido para substituir Alexandre Padilha.
Lula demite Nísia Trindade do Ministério da Saúde; Alexandre Padilha assume a pasta
Outra ala prefere a atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Enquanto isso, aliados do novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, apoia um nome de um partido de centro, como o do líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), ou do PSD, Antonio Brito (BA).
Ao longo desta terça, o presidente disse a interlocutores que o governo precisa, nestes dois últimos anos, de ministros que tenham capacidade e estilo para enfrentamentos políticos e públicos. São dois anos de afirmação, em que o governo não pode ficar na defensiva.
Lula disse à própria ministra que sai que, tecnicamente, não tem do que reclamar dela, mas destaca que até as boas iniciativas da ministra não ganharam destaque por causa do seu perfil discreto.
Não é bem isso, Lula estava reclamando da lentidão da implantação de várias medidas da área, como o Mais Especialistas, grande aposta do governo para esses dois últimos anos de administração petista.
A fritura da ministra foi classificada como desrespeitosa. É a terceira mulher a deixar o governo para ser substituída por um homem.
Daniela Carneiro (União Brasil) caiu e foi substituída por Celso Sabino. Ana Moser foi demitida do Ministério dos Esportes e quem entrou no lugar dela foi André Fufuca (PP).
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