Superlotação ameaça piscinas naturais de Maragogi

A decisão judicial proibindo qualquer aividade turística na Lagoa Azul, uma das inúmeras piscinas naturais de Maragogi, não foi suficiente para evitar a exploração predatória da região conhecida como “Caribe brasileiro”.

A decisão suspendeu um decreto municipal que permitia o turismo em massa, após uma ação do Ministério Público Federal (MPF)

Por falta de controle por parte dos órgãos fiscalizadores, incluindo a Prefeitura de Maragogi, os catamarãs que são utilizados por turistas para acesso às piscinas resulta numa pressão humana que compromete o ecossistema da barreira de corais, uma das maiores do mundo.

E o prefeito do município, Dani, tem interesse direto na manutenção da situação, pois é proprietário de vários catamarãs e, por conta dessa condição, fica sem poder restringir a ação dos demais empresários que também atuam nesse tipo de serviço – até porque muitos deles contribuíram para a sua vitoriosa campanha, em 2024.

Com a superlotação das piscinas naturais de Maragogi aumenta ainda mais a degradação dos corais, que são esmagados pelas pisadas dos turistas, o que é agravado pelos resíduos lanços ao mar e até pelo combustível utilizado pelas embarcações.

Maragogi é desde muito tempo o segundo destino turístico mais procurado de Alagoas, logo depois de Maceió, e se não for tomada uma providência pelo Ministério Público e Poder Judiciário a tendência é que o problema se agrave ainda mais com o aumento da frequência de visitantes pela anunciada implantação, até o final do ano que vem, de um aeroporto no município.

Na reta final da temporada de verão e a chegada do Carnaval a expectativa é de que se não houver uma tomada de posição urgente dos órgãos fiscalizadores possamos ter, a qualquer momento, um desastre ambiental no “Caribe brasileiro”.

 

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