Dirigir sob efeito de álcool ou drogas é destrutivo, diz psiquiatra

Consumir bebida alcoólica e dirigir é inconciliável e uma mistura que traz risco de morte. O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central. Quando o indivíduo bebe, o cérebro começa a perder percepção, noção de espaço, distância e até a sensação de velocidade fica alterada. Explica o psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica da Bahia, Rogério Jesus, ressaltando que “beber e dirigir aumenta muito os riscos de acidentes dos mais diversos”.Ele acredita que o caminho para reduzir acidentes de trânsito no Brasil, em especial em épocas como o Carnaval, “Passa por uma psicoeducação. As pessoas precisam se educar e entender de uma vez por todas que o carro é uma máquina poderosa, com alto poder destrutivo se for mal utilizado. Por isso o foco tem de ser a direção defensiva, sem uso de substâncias”, comenta.“Inicialmente, o álcool deixa as pessoas mais eufóricas e animadas. Mas logo em seguida o cérebro vai começar a sofrer alterações que vão levar a uma depressão de suas percepções. O corpo passa a ter reações mais lentas e demoradas. Ao dirigir, especialmente em rodovias, precisamos contar com a melhor condição dos reflexos”, alerta.

Psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica da Bahia, Rogério Jesus

|  Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

Uso de maconha“A maconha é uma droga perturbadora do sistema nervoso. A utilização dela traz sensação de letargia inicial e relaxamento, mas o que há é muitas vezes uma alteração da percepção de realidade do indivíduo, sob o efeito da maconha. Além de ficar com o corpo mais relaxado e psiquicamente mais lento, aumenta muito a chance de ter alguma alteração das percepções reais, os sons, as imagens ficam distorcidas, levando ao risco de acidentes”. Dr. Rogério salienta que, em hipótese alguma, deve-se fazer uso da maconha ou de qualquer outra droga antes ou quando estiver dirigindo.Os medicamentos utilizados para tratamentos psiquiátricos trazem como recomendação evitar dirigir e manusear máquinas. “Algumas dessas medicações diminuem os reflexos, e trazem maior sonolência. Então ao menos na fase inicial do uso, quem toma esse tipo de medicamento deve evitar dirigir”, recomenda. “Para transtornos psiquiátricos menores, quem faz uso contínuo e passou da fase de adaptação, precisa avaliar junto ao médico se é recomendável dirigir.Motoristas com doenças como hipertensão e diabetes só devem dirigir se estiverem com níveis de glicose e a pressão arterial normais. “Para não colocar em risco sua própria vida e a vida de outras pessoas”.

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