Investidores se reúnem para impulsionar bioeconomia no Pará

Reconhecer o Pará como o maior celeiro da bioeconomia no país e estimular o desenvolvimento desta vocação econômica, tornando o Brasil um exemplo em termos de sustentabilidade. Este é um dos principais objetivos do Bioeconomy Amazon Summit (BAS), iniciativa do Pacto Global da ONU – Rede Brasil em parceria com a gestora de venture capital KPTL que terá sua primeira edição em Belém nesta quinta-feira, 1º de agosto, no Hangar Convenções & Feiras da Amazônia, das 9h às 18h.O evento deve reunir 80 startups e promover o fomento de 60 delas, além de uma intensa agenda de discussão em torno do papel da inovação e do empreendedorismo na agenda global de mudanças climáticas.Leia mais:COP30: Belém recebe evento de empreendedorismo sustentávelBioeconomia é tema de evento em BelémCastanha-do-pará e o açaí podem desaparecer. Entenda!CEO da entidade ligada à Organização das Nações Unidas, Carlo Pereira explica que depois da programação na capital paraense, haverá outras seis edições do BAS em outras cidades amazônicas. “A ideia é que a gente possa realmente dar a visibilidade merecida para todas as populações que vivem nessa área e aos empreendedores que fomentam várias economias com base na bioeconomia, bioinsumos e biotecnologia na região”, justifica, enfatizando que o fato de Belém sediar a 30ª edição da Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima, a COP30, no ano que vem, alimenta o debate no setor empresarial sobre o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e o avanço na Agenda 2030, especialmente nesta região.A iniciativa faz parte do programa Pacto Rumo à COP30, que visa aumentar até 2025 para 600 o número de empresas mobilizadas contra a mudança do clima frente ao cenário climático brasileiro – hoje são 250 -, bem como escalar as ações e metas com as quais as empresas estão comprometidas ligadas ao ODS 13 (Ação pelo Clima), especialmente as ligadas aos Movimentos +Água, NetZero e Impacto Amazônia.Quer ler mais notícias do Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!“O intuito é que a gente realmente possa trazer para a região justamente mais pessoas que consigam acelerar os negócios desses empreendedores da região Norte, como investidores, cientistas e executivos de grandes empresas. O BAS tem ainda outro diferencial, que é tirar o foco do eixo Rio – São Paulo e levá-lo para o maior celeiro da bioeconomia do Brasil, onde os negócios sustentáveis estão se desenvolvendo. Isso é importante para a economia da região amazônica, mas também leva muito aprendizado e oportunidades para as grandes empresas de fora dessa região”, avalia Carlo Pereira.Ele confirma que o Pacto Global da ONU – Rede Brasil tem intensificado suas ações para que o setor empresarial se prepare para a COP30 e mostre que o Brasil pode ser o maior provedor de soluções climáticas do mundo – e isso envolve colaborar com ações e políticas já em andamento na região Norte.“Com o BAS, especificamente, o que buscamos na prática é fomentar a bioeconomia na região Amazônica, pois entendemos o valor que essas atividades têm de gerar melhor distribuição de renda localmente, melhorar a competitividade da nossa indústria de maneira geral por meio da inovação e da sustentabilidade, pois esses negócios estão ligados à baixa emissão de carbono, à nossa busca por zerar o desmatamento, por exemplo”, defende, entendendo ainda que a valorização dos bioinsumos que são produzidos e consumidos na região não apenas fomenta os pequenos negócios, mas também mostra outras possibilidades para indústrias já estabelecidas para que se adéquem a uma existência de sustentabilidade ambiental.

PROGRAMAÇÃOPara que ocorra toda essa troca de experiências e a geração de negócios, o BAS será realizado em três diferentes ambientes. Um deles será a Arena Empreendedora, que prevê uma plenária e salas temáticas ou mesas redondas. Ali estarão por volta de 80 startups de bioeconomia da região expondo seus produtos e seus negócios, inclusive para grandes fundos e investidores que estarão presentes. Neste mesmo local, representantes dos governos estadual e federal, entre outras pessoas de saber notório em relação à temática de bioeconomia, farão apresentações sobre esta agenda.As salas temáticas são para aprofundar algumas pautas como, por exemplo, agricultura sustentável, fármacos, fitofármacos, assim como cosméticos, energia renovável, entre outros assuntos. A expectativa é de muita troca de experiências sobre os desafios de empreender na região da Amazônia Legal. A programação completa pode ser conferida no endereço bioeconomyamazonsummit.com.“A COP30, em Belém, será uma conferência emblemática, visto que, em 2025, o Acordo de Paris fará dez anos. Assim é necessário acelerar negociações e investimentos referente a desmatamento zero e a transição energética justa no Brasil, vislumbrando sermos uma economia global referência em Economia net zero de forma transparente, socialmente justa e inclusiva”, finaliza o CEO.

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