Infestação de cupins quase desabou piso da Câmara Municipal há 28 anos

A Câmara Municipal de Salvador (CMS) passou por uma grande reforma entre os anos de 1997 e 1999, durante a gestão do então presidente Gilberto José Santos Filho, que determinou a obra devido aos riscos de desabamento do telhado, forro e assoalho do prédio, além de uma infestação de cupins descoberta nos barrotes que sustentavam o piso do plenário da Casa.Vinte e oito anos depois, nesta segunda-feira, 24, um incêndio atingiu a área do teto próximo ao Salão Nobre da Câmara. A principal suspeita é de pane no ar-condicionado. Conforme informou a comunicação da Câmara, o local foi evacuado, e felizmente não houve feridos. À epóca da infestação dos comedores de madeira, o total estimado para custeio foi de R$ 2,5 milhões. Com a interdição do espaço, a realização das sessões legislativas passou a ser em parte do prédio da Associação dos Empregados no Comércio, vizinho ao Paço Municipal.

|  Foto: 25-10-1998/Cedoc A Tarde

Em 1998, as páginas de A TARDE noticiaram o risco de desabamento que comprometia cerca de 60% da estrutura de madeira que sustentava o piso da Câmara, e que se encontrava infestada por cupins. A restauração completa ficou pronta e foi entregue em 29 de março de 1999, dia do Aniversário de Salvador.Em relação ao teto, na longa reforma e restauração foi aplicado um “sobreforro de fibra de vidro”, resistente ao fogo e a instalação da climatização total do prédio. A última reforma na Câmara havia siso 29 anos antes, em 1969, quando o prédio voltou a ter sua fachada de arquitetura original, ou seja, a arquitetura colonial de 1696. A suspeita para o ocorrido desta segunda, como estima o Corpo de Bombeiros da Bahia, foi de uma pane no ar-condicionado. Salão NobreLocal atingido pelo incêndio desta segunda, o Salão Nobre da Câmara é utilizado para a recepção de visitantes durante solenidades e também para a posse de vereadores durante a legislatura. Antes do ocorrido, a Câmara realizou as posses dos novos vereadores Orlando Palhinha (União Brasil) e Beca (Republicanos), antes suplentes. Colado com o gabinete da presidência, o Salão Nobre acomoda diversas obras de artes e paredes com pinturas artísticas, como a Entrada do Exército Pacificador, de Presciliano Silva (BA, 1883 -RJ, 1965), além dos retratos de Dom Pedro I, de Bento Rufino Capinan (BA, 1791-1874) e Dom Pedro II, de João Francisco Lopes Rodrigues (BA, 1825-1893).

|  Foto: 11-05-1984/Cedoc A Tarde

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