Passapusso defende poder do público e autenticidade do BaianaSystem

Em meio às mudanças sobre a ordem do desfile da banda BaianaSystem no Furdunço, que acontece neste domingo, 23, o vocalista Russo Passapusso defendeu o clamor popular como ponto crucial para as alterações do seu show.“Em relação ao Poder Público, nosso diálogo é com o público. Como no Carnaval, como em cima de um trio, você leva do micro com o macro. Quando você vê uma pessoa ou um grupo de pessoas falando: ‘segura o trio, vai mais lento porque eu preciso passar’. É quase uma reprodução disso no macro”, disse o cantor ao Portal A TARDE, nesta manhã, durante coletiva de imprensa, no Rio Vermelho.Diante das inúmeras críticas dos foliões e um pronunciamento do cantor sobre o horário do desfile da banda, previsto para encerrar o evento, a prefeitura de Salvador mudou a apresentação para 51ª atração.Sobre o pronunciamento, Russo disse: “O vídeo que eu gravei falando sobre isso, era um vídeo que eu estava transmitindo, que eu estava recebendo do público”. A voz dos hits “Sulamericano”, “Miçanga”, “Playsom” e “Duas Cidades” volta a reafirmar que o seu público dita o ritmo e o conteúdo da sua mensagem.“Então quando é de falar de Poder Público, é o público pelo poder de curtir uma festa, de se manifestar nas murras, e é aquela história que retroalimenta, lutar pelo direito de se divertir. Festejar e festejar pelo direito de lutar. Então é esse ciclo que faz a gente comunicar com as nossas músicas ou fora dela, fora da música, pra propagar o melhor processo”, afirmou.“Aí tem os horários, as localizações, todo o circuito do carnaval e a gente só agradece por participar dessa festa e principalmente por ser interlocutor musical junto com o público, que nada mais é que pregar cultura”, acrescentou.Aceitação do movimentoPassapusso refletiu ainda sobre a essência do movimento musical que a banda representa. “Tem uma relação que nos protege, eu acredito muito nos outros”, destacou Russo, enfatizando que a “verdadeira conexão não reside na busca incessante por definições e expectativas, mas sim na valorização do presente e das interações genuínas”.Ele defendeu a ideia de que a felicidade e a realização estão mais ligadas ao processo criativo do que ao resultado final, afirmando que “não estamos buscando o lugar onde vamos chegar, estamos buscando puramente esse momento”. A visão de Russo ressalta a luta do grupo para manter essa autenticidade, não apenas nos palcos, mas em toda a sua trajetória musical, buscando sempre a felicidade no fazer artístico e a conexão com o público.”A gente quer estar feliz enquanto estiver fazendo. Eu quero estar me sentindo feliz enquanto estiver te respondendo. Então essa busca tira essa frustração. E é um pouco do que as pessoas falam, que é uma grande aula que foi me dada”, analisou Russo.
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