Espera por cirurgia, a fila da dor em Foz do Iguaçu

Espera por cirurgia, a fila da dor em Foz do Iguaçu

O H2FOZ havia exposto, em janeiro, o alto número de moradores à espera de cirurgia em Foz do Iguaçu. Agora, foi a vez do próprio secretário municipal de Saúde enfatizar, na Câmara de Vereadores, que 25 mil pacientes seguem aguardando por procedimentos cirúrgicos.

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Espera, pois, como quem aguarda ser chamado na antessala do consultório médico, não é termo apropriado. Os fatos pelo nome: é fila da dor. Não são meros dados em um sistema de prontuário, mas pessoas em sofrimento e sob risco de agravamento da saúde ou algo pior.

Não se pode naturalizar o fato de que um a cada 11 iguaçuenses, aproximadamente, permaneça submetido a essa delonga. O passivo já foi deixado pela gestão do ex-prefeito Chico Brasileiro (PSD), mas precisa ter fim, o que cabe à administração de Joaquim Silva e Luna (PL).

Fila da dor

A fila da dor em Foz do Iguaçu não é formada somente pela demanda de 25 mil cirurgias eletivas. São mais de 50 mil exames represados, além da insuficiência de leitos hospitalares para garantir o atendimento adequado, como os encaminhamentos provenientes da saúde básica.

Resquícios da pandemia, dengue e fator fronteira não podem continuar sendo justificativa. Se Foz do Iguaçu gasta 30% em saúde, o dobro do exigido pela lei – o que sugere se examinar a fundo o modelo gestor – , isso não é exclusividade da cidade. Nas palavras do secretário iguaçuense, Fábio de Melo: “Assim como todo o Brasil, o valor gasto na saúde é maior do que a aplicação mínima necessária.”

Herança e resolução

Quando teve a oportunidade de demonstrar que “sabia fazer”, Chico Brasileiro priorizou nomear como secretários de Saúde pessoas do círculo próximo. Entre eles, na lista, a esposa, Rosa Jerônymo, e os aliados Nilton Bobato e Rose Meri da Rosa. O problema não foi solucionado.

Silva e Luna, em seu turno, elevou ao cargo, um dos mais importantes da gestão, o ex-secretário de uma cidade que tem praticamente a metade do número de habitantes de apenas uma das cinco maiores regiões de Foz do Iguaçu. E contemplou na gestão da saúde agentes públicos já testados anteriormente.

A prefeitura espera destinar R$ 30 milhões em verbas do governo federal, quantia intermediada por parlamentar da bancada paranaense, para atacar o problema da fila da dor. O tempo cobra, ainda mais que, como expressou o secretário de Saúde, o dinheiro será para “começarmos esse processo de redução das filas de espera para cirurgias eletivas.”

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