Pedido de CP contra Dalberto chega à Câmara Municipal

A Câmara Municipal deve decidir na sessão de segunda-feira (24) se vai instaurar uma comissão processante para investigar o vereador Dalberto Christofoletti (PSD) e que, caso ocorra, poderá levar à cassação do mandato do parlamentar. O pedido é de autoria do munícipe Mário Luiz Rubinho que, na sexta-feira (21), protocolou o documento na secretaria do Poder Legislativo. A alegação é de que em novembro passado o vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) fez denúncias ao Ministério Público contra o então secretário municipal de Cultura, Dalberto, que foi alvo de uma operação do Gaeco no início de fevereiro em sua residência e no gabinete na Casa de Leis.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou no dia 6 deste mês a Operação Apropriação Cultural, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre um esquema de desvio de recursos públicos na área cultural do município de Rio Claro. O principal investigado é Dalberto Christofoletti.

As investigações, até o momento, revelaram possíveis indícios da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa, envolvendo o vereador Dalberto Christofoletti, que já integrou o Executivo e empresários do setor artístico. Segundo o apurado, empresas foram criadas e contratadas sem licitação, recebendo valores da prefeitura sob a justificativa de fomentar a cultura municipal. No entanto, parte dos recursos retornou para a conta pessoal do vereador, evidenciando possível irregularidade.

No total, a Prefeitura de Rio Claro efetuou pagamentos no montante de R$ 814.900,00 às empresas investigadas entre 2022 e 2024. Diante disso, a Justiça deferiu o sequestro de bens dos envolvidos no mesmo valor acima mencionado, visando a garantir o ressarcimento ao erário em caso de condenações futuras.

Após a operação, o assunto foi ignorado na Câmara Municipal, incluindo por parte de Rodrigo, que fez as denúncias. Na primeira sessão após as diligências do Gaeco todos ficaram em silêncio e nada falaram sobre o assunto.

A vereadora Tiemi Nevoeiro (Republicanos), posteriormente, até repercutiu nas redes sociais a necessidade de se instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Cultura, mas foi repreendida pelo próprio Dalberto também nas redes sociais.

O hoje vereador nega as acusações e diz que tudo que foi feito ao longo da sua gestão na Cultura foi dentro da legalidade. O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), em entrevista ao Grupo JC de Comunicação, afirmou que é necessário aguardar as investigações do Ministério Público, mas que também teria aberto uma apuração interna na Prefeitura. Pela legislação, o pedido de Comissão Processante deve ser lido na primeira sessão após seu protocolo. A dúvida é se a Casa de Leis se manterá novamente em silêncio ou não.

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