Rui Costa compara envolvidos no 8 de janeiro com “boi de piranha”

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, avaliou os envolvidos no 8 de janeiro como “bois de piranha” após vir à tona a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os atos antidemocráticos.“Mas eu acho que tiveram pessoas que foram usadas como massa de manobra, isso é fato. Foram induzidas a serem, como se diz, no Nordeste, ‘boi de piranha’. Você joga ali para que as piranhas comam aquele boi para você tentar se livrar. Levaram pessoas que, às vezes, foram induzidas dessa forma a cometer crimes”, disse Rui, em entrevista à coluna Igor Gadelha, do portal Metrópoles.E continuou: “Onde as pessoas não elaboraram, não perceberam o crime. Mas elas participaram e tivemos pessoas nesse perfil que foram induzidas, foram levadas a cometer quebra-quebra, quebrar patrimônio público, a ofender, a caluniar, a ameaçar a democracia. E tem outras pessoas que organizaram, que de forma meticulosa, a investigação mostrou, planejada, consciência com o planejamento, para tentar dar um golpe de estado”.

Leia Também:

Rui Costa reage após ataque de Ciro Nogueira: “Boa sorte”

Rui Costa é ventilado como sucessor de Lula, diz revista britânica

Rui Costa nega medidas radicais para conter preço dos alimentos

“Baixar alíquotas para que o alimento chegue mais barato”, afirma Rui Costa

Para o titular da Casa Civil, as denúncias contra o ex-mandatário são consideradas “graves” e cobra punição aos envolvidos.“Acho que o ocorrido no dia 8 de janeiro é um fato gravíssimo. E o que a investigação revelou é muito grave. Não tem, na história do Brasil, nada registrado de uma trama envolvendo presidentes da República em exercício, oficiais das Forças Armadas, pessoas que deveriam estar cuidando da segurança pública, agentes de segurança pública, tramando a morte de ministro da Suprema Corte, a morte do presidente da República, do vice-presidente da República, numa arquitetura de organização criminosa. Então isso é muito grave”, declarou o ministro.Na oportunidade, Rui evitou comentar sobre as penas de alguns condenados do 8 de janeiro determinadas pela maioria do STF, criticadas por alguns juristas como altas.“Acho que a punição tem que ser com base na lei. A mim não cabe julgar. Eu fiz Economia, fiz Ciências Sociais e, no nível médio, fiz curso técnico. Não estudei Direito. Então, não me sinto em condições de analisar dosagem de pena que a Suprema Corte ou que a Justiça tem dado. Não tenho competência para fazer essa análise. Eu não quero me ater a julgar quanto, se foi pouco que foi muito. Não tenho competência para fazer. A lei estipula, segundo regras, a dosagem de penas. Mas eu acho que tiveram pessoas que foram usadas como massa de manobra, isso é fato”, disse.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.