A indústria paranaense entre o otimismo e os desafios de 2025

A indústria do Paraná inicia 2025 com um sentimento misto, de um lado, a confiança no próprio negócio e nas oportunidades de crescimento; de outro, a preocupação com os rumos da economia nacional. A mais recente Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) revela que 61% dos industriais paranaenses estão otimistas ou muito otimistas quanto ao desempenho de suas empresas neste ano. O dado reflete a resiliência do setor e a aposta na ampliação das vendas, no acesso a novos mercados e no ganho de produtividade.

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Entretanto, o cenário macroeconômico ainda gera incertezas. Segundo o levantamento, 43% dos industriais acreditam que a economia brasileira pode enfrentar retração ou forte retração em 2025. O alto custo do crédito e a taxa de juros elevada são os principais fatores que travam investimentos e dificultam a competitividade. Sem uma política econômica clara que incentive o setor produtivo, a tendência é que as empresas continuem dependendo majoritariamente de recursos próprios para expandir suas operações, como apontaram 55% dos entrevistados.

A pesquisa mostra que 61% dos industriais consideram a capacitação profissional uma prioridade, o que reforça o papel estratégico de iniciativas como as do Sistema Fiep, por meio do Senai, Sesi e IEL.

Mesmo diante dos desafios, 90% das empresas ouvidas na pesquisa pretendem investir em 2025. O foco está na modernização dos processos produtivos, na automação e na inovação, fatores essenciais para garantir competitividade em um cenário global cada vez mais dinâmico.

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O setor industrial paranaense tem potencial para crescer e consolidar sua posição de destaque no Brasil, mas isso exige um ambiente de negócios favorável. Se o Governo Federal não atuar para reduzir o peso da carga tributária, viabilizar crédito a juros mais baixos e melhorar a infraestrutura, o otimismo dos empresários pode ser colocado à prova. Em um momento decisivo para a economia, o diálogo entre setor produtivo e poder público se torna fundamental para garantir um futuro promissor para a indústria paranaense.