Do álcool ao HIV: o que você precisa saber para se proteger na folia

Com a chegada do Carnaval, as ruas se enchem de alegria, encontros e paquera. No entanto, a combinação entre a euforia da festa, o consumo excessivo de álcool e drogas e o sexo sem proteção pode aumentar significativamente o risco de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como sífilis, HIV, herpes genital, Mpox, hepatites virais e HPV.

Leia Também:

Vendas de abadás crescem 12% no Carnaval 2025

Carnaval sem cordas: mais pipocas são confirmadas nos circuitos; confira

Votação para lei do Dia da Axé Music é adiada após avançar na Câmara

De acordo com o médico infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, esses fatores contribuem diretamente para o aumento de casos.A melhor forma de se proteger, segundo o especialista, é adotar medidas preventivas, como o consumo consciente de bebidas alcoólicas, evitar drogas ilícitas e, principalmente, usar preservativo em todas as relações sexuais – sejam elas orais, anais ou vaginais. Além disso, o compartilhamento de seringas e agulhas deve ser evitado para reduzir riscos de infecção.O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza importantes estratégias de proteção. Uma delas é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento que reduz em mais de 90% o risco de contaminação pelo HIV quando tomado diariamente. Outra opção é a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), um tratamento de urgência que deve ser iniciado até duas horas após o contato de risco e seguido por 28 dias.Além disso, vacinas altamente eficazes contra hepatite B e HPV estão disponíveis tanto na rede pública quanto privada. A imunização contra a Mpox também é oferecida pelo SUS para grupos prioritários.Durante a folia, o SUS reforça a distribuição gratuita de preservativos masculinos e femininos, além de disponibilizar testagens em larga escala.”Por isso, recomendo que as pessoas façam o uso do preservativo e os testes para descobrir se já têm alguma infecção sexualmente transmissível. Desta forma, é possível iniciar o tratamento adequado e evitar a proliferação e o agravamento dos sintomas”, conclui Bastos.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.