ES tem a quarta menor taxa de desemprego do País

Porto de Vitória: força
da atividade portuária, com importações e exportações, impulsiona economia capixaba | Foto: Divulgação/Secom

O Espírito Santo é o quarto estado brasileiro com o menor índice de desocupação durante 2024. No ano passado, 86 mil pessoas procuraram emprego, mas não conseguiram entrar no mercado formal ou informal.O número considera o total de pessoas com idade para trabalhar, ou seja, os acima de 14 anos — idade permitida para aprendiz. A taxa, de 3,9%, é a menor dos últimos 12 anos.Os dados são da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de desocupados é 41% menor do que o registrado em 2023, quando 122 mil pessoas estavam na mesma condição, ou seja, não conseguiram uma vaga, mesmo estando disponível.O crescimento do setor de serviços e o fomento à economia promovido pelo investimento público explicam o resultado positivo, segundo o economista Antônio Marcus Machado.“O Espírito Santo tem um setor de serviços muito forte por causa da atividade portuária, com as importações e exportações, somadas à atuação dos bares, restaurantes e o investimento público de qualidade”, destaca o economista.Durante o ano passado, o setor de serviços abriu 18.440 postos de trabalho, um aumento de 24,8% em relação a 2023, segundo levantamento da Federação do Comércio do Estado (Fecomércio-ES).A atividade responde por mais da metade (52%) de todas as carteiras assinadas, ou seja, os empregos formais no Espírito Santo.Para a coordenadora de pesquisa do Connect Fecomércio-ES, Ana Carolina Júlio, o turismo influencia nesse resultado, quando analisados os dados do final do ano. Entre os municípios que tiveram as contratações impulsionadas pela movimentação de visitantes em dezembro estão Guarapari e Marataízes, que abriram 476 e 114 novas vagas no setor, respectivamente. Ao todo, 2,1 milhões de pessoas estavam empregadas no mercado formal ou informal em 2024 no Estado. Desse total, cerca de 38% firmaram contratos informais, ou seja, não possuíam carteira assinada.Embora o percentual de informalidade seja elevado, há aumento na qualidade dos empregos formais, como destaca o diretor setorial de Integração e Projetos Especiais do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Antônio Rocha. “A gente observa que essa ocupação de vagas vem acompanhada de mais qualidade na inserção. São remunerações melhores e uma redução na informalidade”, afirma.A subutilização da força de trabalho também caiu, segundo Rocha. O dado, que ficou em 8,2%, considera os desocupados e os que querem trabalhar mais horas que o requisitado pelo mercado.Taxa de desempregoDesocupação por estados em 2024Mato Grosso: 2,6%Santa Catarina: 2,9%Rondônia: 3,3%Espírito Santo: 3,9%Mato Grosso do Sul: 3,9%Paraná: 4,1%Minas Gerais: 5,0%Rio Grande do Sul: 5,2%Goiás: 5,4%Tocantins: 5,5%São Paulo: 6,2%Acre: 6,4%Ceará: 7,0%Maranhão: 7,1%Pará: 7,2%Piauí: 7,2%Roraima: 7,5%Alagoas: 7,6%Amapá: 8,3%Paraíba: 8,3%Amazonas: 8,4%Rio Grande do Norte: 8,5%Sergipe: 9,0%Rio de Janeiro: 9,3%Distrito Federal: 9,6%Pernambuco: 10,8%Bahia: 10,8%Fonte: IBGE

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