Advogado alagoano denuncia STF a representante da OEA

Deembargador aposentado do Distrito Federal, o advogado alagoano Sebastião Coelho, natural de Santana do Ipanema, denunciou ao relator para liberdade de expressão da Organização dos Estados Americanos (OEA), Pedro Vaca Villarreal, o que considera ações arbitrárias pratiadas pelo Supremo Tribunal Federal.

Em visita a Brasília para apurar denúncias de desrespeito aos direitos humanos, o representante da OEA recebeu Sebastião Coelho e familiares de pessoas que se dizem processadas injustamente, inclusive pelo STF.

O advogado concentrou suas críticas no ministro Alexandre de Moraes, ao dizer a Pedro Vaca sobre ele:

“Um abusador. Não respeita a Constituição. Profere decisões secretas, desde 2019. Essa história do 8 de janeiro (de 2023) é apenas uma cortina de fumaça. Desde 2019 que eles (os componentes do STF) abusam. Antes, só Alexandre de Moraes. A partir do 8 de janeiro os demais ministros passaram a conordar com o senhor Alexandre de Moraes.”

Sebastião Coelho foi mais além:

“Fake news no Brasil é tudo o que não atende à vontade do Supremo Tribunal Federal. Nas mãos assassinas do Alexandre de Moraes estão o sangue do senhor Cleriston, conhecido por Clezão. Enfero, ele não teve o atendimento médico, violando os direitos humanos, e morreu na prisão.”

O representante da OEA foi informado por Luíza Cunha, filha de Cleriston Pereira da Cunha, que além de ter sido torturado seu pai faleceu no Presídio da Papuda, em Brasília, porque apesar de doente não teve tratamento médico adequado e Alexandre de Moraes se negou a libertá-lo, mesmo com vários atestados apresentados pela Procuradoria Geral da República, que sugeriu sua soltura pela fragilidade do seu estado de saúde.

Cleriston era apenas um das centenas de presos por suspeita de envolvimento nos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, embora sua família sustente, até hoje, que ele não participou desses atos e que se refugiou no Congresso se protegendo das bombas lançadas pela polícia para afastar a multidão.

 

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