Dois presos fogem da APAC de Macau; outros 26 são transferidos para Ceará-Mirim

Dois presos fugiram da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Macau, na Região Costa Branca. Após a fuga, os outros 26 internos da unidade foram transferidos para a Cadeia Pública Dinorá Simas Lima Deodato, em Ceará-Mirim, na Grande Natal.

Os fugitivos foram identificados como Robson Francisco Silva dos Santos, de 33 anos, e Gênesis José Pereira Dias, de 29 anos. Segundo a Polícia Civil, os dois arrombaram um portão na parte de trás da APAC, que dá acesso a um mangue. A polícia não informou se ferramentas foram usadas no arrombamento.

O Tribunal de Justiça do RN (TJRN) explicou que a transferência dos presos já estava programada, pois o prédio da APAC passará por uma reforma estrutural. A informação sobre a mudança, que deveria ser restrita à gestão da unidade, chegou aos internos, e os dois fugitivos agiram para evitar o retorno ao sistema prisional convencional.

A APAC de Macau, implantada em 2010, é um modelo alternativo de gestão prisional que prioriza a ressocialização e a humanização do cumprimento de penas. A unidade tem capacidade para 30 presos do regime fechado e foi elogiada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por atender às normas da Lei de Execução Penal.

Segundo o TJRN, a metodologia APAC apresenta vantagens como baixo custo por preso (um terço do sistema convencional), alto índice de ressocialização e baixa reincidência criminal. Além disso, o modelo dispensa aparato policial de segurança e integra a comunidade no processo de reintegração social.

Após a conclusão da reforma, os presos retornarão à APAC de Macau. Enquanto isso, a unidade de Macaíba está em fase final de implementação de uma APAC.

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