Fenômeno que causa estiagem no RS deve durar pouco, aponta Metsul

O fenômeno climático La Niña, que tem causado estiagem no Rio Grande do Sul, está dando sinais de enfraquecimento, de acordo com os dados mais recentes da MetSul Meteorologia. As análises mostram que as temperaturas no Pacífico Equatorial, que estão mais frias do que o normal, estão voltando a níveis mais próximos da média. Isso significa que o evento pode perder força nas próximas semanas.

Atualmente, La Niña está na sua fase mais fraca, o que tem provocado mudanças no clima. No Brasil, por exemplo, a região Sul enfrenta uma estiagem, com poucas chuvas, enquanto o Nordeste tem registrado um aumento de precipitações. A seca no Sul tem afetado a agricultura, especialmente a produção de soja e milho.

De acordo com previsões de especialistas, a tendência é que o fenômeno termine em breve. Para os próximos meses, a probabilidade de o clima voltar ao normal (sem o fenômeno La Niña) é muito maior. Embora a La Niña ainda esteja presente, é esperado que, em breve, o clima se estabilize e a neutralidade (sem influência de nenhum dos dois fenômenos, La Niña ou El Niño) prevaleça.

A La Niña tem efeito sobre o clima de várias regiões. No Brasil, ela traz mais frio para o Sul e mais chuvas para o Nordeste, além de aumentar a chance de ondas de calor no verão e afetar a produção de alimentos. Quando o fenômeno La Niña ocorre, as temperaturas globais tendem a ficar mais baixas, mas o aquecimento global recente tem feito com que as temperaturas atuais ainda sejam mais altas do que eram no passado durante eventos de La Niña.

No caso do Sul do Brasil, o fenômeno gera um enfraquecimento da chamada “Zona de Convergência do Atlântico Sul” (ZCAS), que é responsável por trazer umidade para a região. Com a La Niña, a ZCAS se desloca para o Norte, o que impede que a umidade chegue ao Sul, resultando em menos chuvas e, consequentemente, em períodos de estiagem.

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