Prefeita nega existência de esquema de cobrança de propina em Parnamirim

A Prefeitura de Parnamirim, através de nota enviada pela assessoria de comunicação, negou a existência de qualquer “tipo de movimentação ilegal ou escusa em relação a pagamento de empresários” no âmbito da gestão municipal. A negativa se deu em resposta à reportagem do “Diário do RN”, que denunciou um suposto esquema de cobrança de propina de fornecedores que têm dinheiro a receber do município.

O jornal citou depoimentos de dois empresários, cujos nomes não foram revelados, que disseram estarem sendo vítimas de “extorsão” de pessoas ligadas à administração municipal para poderem receber o que lhes é devido pela Prefeitura de Parnamirim.

A reportagem não cita os responsáveis pelo suposto esquema, mas um dos empresários que estariam sendo vítimas da extorsão afirmou que “a prefeita não está sabendo que tem gente falando em nome dela, obrigando os empresários a pagar comissão”.

Um vereador, cujo nome também não foi revelado, disse que “Nilda não sabe de nada, mas quem vai responder é ela”, ainda segundo o jornal.

Na nota enviada à Agência Saiba Mais, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Parnamirim reafirmou que a nova gestão recebeu “um município endividado” e que a prefeita instituiu através de decreto uma “Comissão de Negociação de Débitos para atenuarmos as dívidas com fornecedores”.

De acordo ainda com a nota, “somente designadas no decreto e em reuniões oficiais com a presença de representantes de secretarias envolvidas estão autorizadas a falar em nome da gestão municipal”.

“Queremos enfatizar também que a gestão da Professora Nilda será feita baseada nos mesmos princípios éticos que sempre nortearam a sua vida e que a elegeram a primeira mulher a governar Parnamirim, firmados no respeito à coisa pública e aos seus valores cristãos. Parnamirim pode ficar tranquila. Esta será uma gestão séria e transparente”, completou a nota.

Um relatório da nova gestão municipal apontou que o ex-prefeito Rosa Taveira (PRB) teria deixado uma dívida de R$ 337 milhões com fornecedores, impostos, encargos, parcelamentos, acordos trabalhistas e até com a Cosern. A prefeita disse que o município estava “endividado”, mas que “não será refém do passado” e avisou que “o tempo do descaso acabou”.

Os débitos herdados da gestão anterior, segundo a prefeita, incluem, entre outros valores, R$ 104,8 milhões de restos a pagar não processados, R$ 60 milhões em dívidas previdenciárias não parceladas ou com parcelamento atrasado e R$ 59,6 milhões com dívidas previdenciárias parceladas.

Nilda afirmou que a dívida “reflete o abandono e a irresponsabilidade com os recursos públicos e o povo de Parnamirim”. A prefeita declarou que iria “renegociar dívidas e diminuir o quantitativo de pessoas” para, segundo ela, procurar o “equilíbrio entre receitas e despesas” com o objetivo de continuar oferecendo os serviços essenciais à população.

Saiba Mais:

Nilda confirma dívida de R$ 367 milhões herdada de Taveira em Parnamirim

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