Vans escolares: motoristas pedem respeito nas vagas

Profissionais afirmam que pais estão ocupando as vagas destinadas ao serviço e com isso gerando problemas em frente das escolas; fiscalização será intensificada, diz prefeitura

O retorno das aulas tantos nas escolas públicas como particulares aconteceu há poucos dias, mas suficientes para ocasionarem problemas nas portas das instituições de ensino.

Na tarde de ontem (13), profissionais que atuam no transporte de alunos se reuniram para expor uma situação que segundo eles está insustentável: a falta de respeito de pais em relação as vagas exclusivas destinadas ao serviço.

“Eu trabalho há 23 anos com transporte escolar e não é de hoje que a situação está insustentável. Acontece que agora, parece que mais do que nunca, estamos passando por uma onda de xingamentos e quase vias de fato onde essa semana quase fui agredida por um pai de alunos que estava estacionado na vaga destinada as vans”, disse a motorista Rosangela, que complementou: “Somos regularizados, pagamos um valor alto para estarmos regularizados e precisamos apoio do poder público no sentido fiscalizatório para que nossos direitos sejam respeitados”.

Já a motorista Célia afirma que falta empatia: “Eu trabalho na área há 26 anos e quando chego para deixar alunos encontro os pais estacionados na área destinada as vans e isso acontece tanto em escolas particulares quanto públicas”.

Da reunião também participaram Gilvon Barbosa que é presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos Rodoviários de Rio Claro e Davi Fernandes que é chefe de gabinete da secretaria de Mobilidade Urbana. Ambos mostraram apoio aos profissionais e acompanham de perto a situação: “Repudiamos esses atos que esses profissionais estão sofrendo em relação ao desrespeito às vagas que estão sendo ocupadas por pais que além de errados ainda ofendem a categoria. Sem contar que clandestinos também estão realizando o transporte de alunos. É preciso uma fiscalização efetiva e punição aos que não cumprem as leis”, pontuou Gilvon.

“Recebemos com tristeza esses relatos e vamos fiscalizar. Estarei também solicitando uma reunião junto ao secretário de Segurança para que possa também nos ajudar neste sentido”, declarou Davi.

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