Homenagem ao movimento comunista provoca ‘caos’ na Câmara de Salvador

O que era para ser somente mais uma sessão ordinária tranquila se transformou em um ‘caos’ no plenário Cosme de Farias, na Câmara Municipal de Salvador (CMS), na tarde desta quarta-feira, 12. Por acordo entre os líderes, os vereadores votaram uma série de requerimentos que culminaram na instalação de comissões especiais e frente parlamentar.

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Um desses documentos causou a reação dos vereadores bolsonaristas que foram acompanhados pelos demais edis. O tema em questão refere-se a uma sessão especial para a comemoração dos 40 anos do Movimento Comunista Revolucionário, proposta pelo vereador Professor Hamilton Assis (Psol).A manifestação contrária começou pelo vereador Cezar Leite (PL), que pediu questão de ordem ao presidente Carlos Muniz (PSDB), para proferir o seu posicionamento.“Senhor presidente, gostaria de registrar o meu voto contra ao requerimento 03/25 da última página”, disse. “Aleluia também, presidente”, completou o correligionário de Leite.O parecer foi seguido pelos seguintes vereadores: Fábio Souza (PRD); Júlio Santos (Republicanos); Alberto Braga (União Brasil); Téo Senna (PSDB); Kel Torres (Republicanos); Kiki Bispo (União Brasil); Cris Correia (PSDB); Sidninho (PP) Ricardo Almeida (DC) e Omar Gordilho (PDT).Com o apoio da maioria, contudo, o requerimento não teria sustentação e seria derrubado, o que provocou a irritação do chefe do Legislativo. “Era para os vereadores se manifestarem antes. Eu falei que ia votar o projeto folha por folha. Se for dessa forma, o requerimento foi rejeitado”. “Não é acordo? Então, eu vou voltar a votação toda”, acrescentou.Durante o discurso, Muniz ainda se exaltou com um dos pares que pediu a palavra: “Tenha calma! Deixa eu falar. Vocês concordaram em votar folha por folha e ninguém fez a observação do requerimento”.Em seguida, a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), também se manifestou: “Essa é uma Casa que tem todas as ideologias e representamos a sociedade. Todo vereador tem liberdade de fazer a sua pauta”.Em resposta, o tucano considerou como falta de respeito dos seus colegas em relação ao requerimento e fez uma alusão ao cristianismo. “”Eu não sou comunista, mas acho que devo respeitar isso aqui. Acho uma falta de respeito não respeitar um requerimento desse”.Já o líder do governo, Kiki Bispo (União Brasil), defendeu que o acordo fosse mantido, mas que o posicionamento contrário fosse publicado nas atas da Casa.

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