Câmara ignora e silencia sobre operação do Gaeco contra vereador Dalberto

O próprio investigado não apresentou pedido de cassação contra o denunciante Rodrigo Guedes, apesar de ter falado que o faria

A primeira sessão na Câmara Municipal após a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, deflagrada no gabinete do vereador Dalberto Christofoletti foi silenciosa e sem nenhuma referência à investigação contra o parlamentar do PSD, partido do prefeito Gustavo Perissinotto. Os trabalhos no plenário, nessa segunda-feira (10), não tiveram nenhuma referência direta ou indireta ao caso registrado no final da semana passada.

O próprio Dalberto, investigado por suposto desvio de quase R$ 815 mil das contas da Secretaria Municipal de Cultura, enquanto era secretário entre 2022 e 2024, não falou nada sobre o tema, apesar de ter afirmado em reportagem no JC, no sábado (8), que apresentaria um pedido de abertura de comissão processante para requerer a cassação do vereador Rodrigo Guedes (União Brasil), mas isso não aconteceu na sessão de ontem.

O investigado afirmou dias atrás que Rodrigo praticaria “rachadinha” no seu gabinete ao justificar suposta rivalidade política das eleições que teria sido motivo pelo qual Guedes denunciou Dalberto ao Ministério Público. Porém, tampouco o próprio vereador da oposição se manifestou e ficou em silêncio no plenário.

A vereadora Tiemi Nevoeiro (Republicanos), que foi às redes sociais repercutir a operação do Gaeco contra Dalberto e cobrar do prefeito Gustavo Perissinotto um posicionamento, também não comentou nada na sessão. O vereador Moisés Marques (PL), que tem se colocado como principal parlamentar de oposição à base governista, também não falou nada sobre a operação que foi deflagrada com a presença de três promotores de Justiça e 20 policiais militares do Baep na quinta-feira (6).

No sábado (8), Dalberto foi entrevistado na Rádio Jovem Pan News Rio Claro, do Grupo JC de Comunicação. Na oportunidade ele relembrou um episódio trágico envolvendo a família de Guedes, sugerindo que a política de ódio praticada pelo colega seria uma continuação de um “DNA de assassinato”. O vereador ainda desafiou Guedes para um debate público, afirmando que ele nunca o enfrentou diretamente e que costuma “sair correndo” quando confrontado. Assista no youtube.com/jcrioclaro.

Leia a notícia Câmara ignora e silencia sobre operação do Gaeco contra vereador Dalberto em Jornal Cidade RC.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.