Fuga em penitenciária de Mossoró dá início a investigação sobre fraudes em licitações

A fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, revelou falhas no sistema de segurança e provocou investigações sobre os contratos de manutenção da unidade. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) estão investigando o possível envolvimento da empresa R7 Facilities, encarregada dos serviços de manutenção do presídio, em fraudes em licitações.

A Operação Dissimulo, iniciada nesta terça-feira 11, apura a atuação de um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações na área de terceirização de serviços e está cumprindo 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal.

As investigações que culminaram na operação tiveram início após a fuga em Mossoró, quando os contratos relacionados ao presídio passaram a ser reavaliados. O caso completa um ano nesta sexta-feira 14.

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De acordo com a CGU, as investigações apontam que empresas com vínculos societários, familiares e trabalhistas teriam se unido para manipular licitações, apresentando declarações falsas para obter benefícios fiscais indevidos e garantir vantagem sobre os demais concorrentes.

Foi identificado ainda que o grupo empregava “laranjas” como sócios para esconder os verdadeiros proprietários das empresas, dificultando a fiscalização e ampliando a abrangência do esquema.

Relembre

Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, conseguiram escapar da prisão em 14 de fevereiro, e a recaptura levou 50 dias. Ambos os fugitivos, naturais do Acre, estavam detidos na unidade desde setembro de 2023 e eram associados à facção criminosa Comando Vermelho.

A fuga foi realizada por de um buraco feito atrás de uma luminária na prisão, seguido pelo corte de duas cercas de arame, utilizando ferramentas encontradas em uma obra que estava em andamento nas instalações.

Os dois presos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para escapar. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos. ebcebc

“Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, explicou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. 

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