Com gestão vencida desde agosto de 2023, o Conselho Comunitário de Ponta Negra vai às urnas neste domingo (25) para eleger uma nova direção para a entidade. Duas chapas concorrem ao pleito, que será realizado das 8h às 17h em três locais de votação.
A responsável pelas eleições é a Junta Governativa, um grupo de três moradores escolhidos em Assembleia Geral Extraordinária que aconteceu em 1º de agosto. Podem votar maiores de 16 anos com um documento com foto e um comprovante de residência. Os comprovantes podem ser as contas no nome da pessoa (como água, luz, telefone, internet, etc), mas também é possível buscar o CRAS que pode dar uma comprovação do Bolsa Família, ou a UBS que pode dar uma declaração com o endereço.
Os locais de votação serão:
Associação dos Moradores dos Parques Residenciais Ponta Negra e Alagamar-AMPA ( Conjunto Ponta Negra)
Escola Municipal São José (Vila de Ponta Negra)
Escola Municipal Professora Josefa Botelho (Vila de Ponta Negra)

O que pensam as chapas
Pela Chapa 1-Direito de Expressão, o candidato a presidente é Marcos Paulo. Ele diz que a iniciativa de buscar reativar o conselho partiu de “amigos que pensam no bem comum, visto o universo de oportunidades que teremos de pôr em prática tudo de melhor que queremos para nossa comunidade, seja na área social, esportiva, saúde e segurança”.
Já Lia Araújo, candidata a presidenta pela Chapa 2-Ponta Negra Que a Gente Quer, destaca que Ponta Negra é um bairro movimentado e turístico da capital. Como um local ativo, precisa ter seu conselho comunitário ativo também: “É um direito básico dos cidadãos e dos moradores de participar, se envolver nas questões relacionadas a projetos, políticas públicas, que podem ser construídas e consolidadas no bairro, mas também um espaço de acolhimento”, aponta.
Engorda de Ponta Negra
Sobre a obra da engorda da Praia de Ponta Negra, que deve começar até 7 de setembro, os candidatos destacam a necessidade da comunidade ser ouvida.
“A prioridade é e sempre será a comunidade. Vamos escutá-las e fazê-la ser escutada. Seremos a voz de todos e não só das maiorias. Prioridade será o bom senso sempre”, diz Marcos Paulo.
Já Lia Araújo diz que a obra vai acontecer, mas precisa ter seus efeitos mitigados, e o único espaço que tem condições de enfrentar e deliberar sobre quais são os processos de diminuição dos efeitos da engorda, principalmente no cunho social da comunidade da Vila de Ponta Negra, é o Conselho Comunitário. Um dos enfrentamentos, diz ela, é a vulnerabilidade social de algumas famílias que dependem diretamente da praia.
“Outra coisa que a gente compreende é que, acontecendo ou não essa obra, ela também tem um caráter muito parecido com o que está sendo feito na Praia da Redinha, que agora foi privatizada pelo poder público. A gente entende que essa engorda também tem o mesmo interesse, que é turístico, que é paisagístico, e pouco consolidado sobre a vida dos trabalhadores, sobre o meio ambiente.”
Principais propostas
Marcos Paulo, representante da chapa 1, diz que “somos uma comunidade carente em tudo.”
“Priorizamos a educação, renda, que vem com a profissionalização da comunidade, visto boa parte vive da praia direta e indiretamente”, aponta.
Lia Araújo, da chapa 2, destaca, dentre outras propostas, a necessidade de fazer um protocolo de consulta da comunidade.
“O bairro de Ponta Negra precisa ser consultado sobre os grandes empreendimentos que envolvem não somente a sua orla, mas também a mobilidade, a segurança, etc. E esse protocolo de consulta virá acompanhado de um estudo de cartografia social feito pelos próprios moradores”, afirma.
Em relação à educação, ela diz que a falta de creches precisa ser enfrentada e vai buscar parcerias no poder público. Destaca também a necessidade de uma escola de ensino médio dentro da Vila de Ponta Negra. As duas que existem atualmente contemplam somente o ensino fundamental, o que causaria evasão escolar, na visão da candidata.
Outro ponto que destaca está relacionado aos equipamentos sociais, com a proposta de fazer um centro de referência de cultura, que contemple a memória dos folguedos populares.
“A gente precisa desses equipamentos sociais para que as nossas tradições não se percam. E eu acredito que isso não é uma coisa que pertence apenas à Vila de Ponta Negra. Pertence a todo o bairro, pertence à cidade, porque são patrimônios que devem ser valorizados e devem ter seus devidos lugares para serem apresentados, para serem formados grupos, para serem ensaiados”, diz.
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