Núcleos de Cooperação Socioambiental promovem debates sobre mudanças climáticas e qualificação profissional

Os três primeiros encontros presenciais dos Núcleos de Cooperação Socioambiental em 2025, promovidos pela Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec, por meio do programa Itaipu Mais que Energia e Governo Federal, integraram 135 instituições, representadas por atores do poder público, ONGs, universidades, movimentos sociais, entre outros grupos organizados.

As reuniões aconteceram em Curitiba (Núcleo de Curitiba e Região Metropolitana), Ponta Grossa (Núcleo dos Campos Gerais) e Santo Antônio da Platina (Núcleo Norte Pioneiro), com mais de 200 representantes. 

Cada encontro reforçou o engajamento e a consolidação dos grupos, que discutiram temas como a qualidade ambiental, qualificação para o trabalho, degradação da água, diversidade econômica, tratamento de resíduos sólidos e atração de novas empresas.

Nesta semana, entre terça-feira (11) e quinta-feira (13), outros seis Núcleos vão se reunir em Paranaguá (11), Irati (11), Pinhais (12), Turvo (12), União da Vitória (13) e Laranjeiras do Sul (13).

Metodologia contínua

Durante os encontros, foram identificados e priorizados os principais desafios das regiões. O foco esteve nos dois problemas mais críticos, aqueles em que há maior mobilização para soluções de curto prazo e impacto positivo nos territórios. 

Os núcleos avançaram na construção da chamada “teoria da mudança”, abordagem que enfatiza a importância do planejamento estratégico para a transformação social e ambiental. O conceito reforça que agir sem planejamento pode resultar em iniciativas ineficazes, enquanto uma teoria sem aplicação prática não possui efeito.

Com esse direcionamento, as organizações participantes saíram dos encontros com maior clareza sobre os desafios e os caminhos para a mudança, além da definição de uma agenda de ações. O planejamento prevê atribuições específicas para diversas instituições, que contribuirão de acordo com suas áreas de atuação para a resolução dos desafios regionais.

Impactos regionais

Antônio Ostrufk, agroecologista de Ponta Grossa, avaliou o encontro como uma boa oportunidade para incorporar os conceitos aos trabalhos já realizados na região, voltados principalmente para a produção sustentável. 

“Nossa maior preocupação é com a juventude, pois muitos jovens acabam deixando a região em busca de trabalho e oportunidades. Queremos mostrar que é possível viver da agricultura, e viver bem, desde que adotemos práticas sustentáveis”, disse. “Seguimos firmes na luta, porque acreditamos que é possível produzir alimentos saudáveis, garantir sustentabilidade e oferecer melhores condições para as famílias do campo e da cidade”, frisou Ostrufk. 

Para Águida Tramontin, representante da Associação Promoção Humana, em Santo Antônio da Platina, as reuniões do núcleo “são fundamentais, pois permitem a troca de experiências entre cidades, associações e instituições diversas”.

“Trouxemos como proposta para a temática dos resíduos sólidos a necessidade de capacitação para gestores, para que possam compreender melhor a importância das políticas públicas ambientais de acordo com as demandas da população”, afirmou. 

Sobre os Núcleos

Os 21 Núcleos de Cooperação Socioambiental foram constituídos em 2024, a partir do programa Itaipu Mais que Energia, iniciativa está alinhada às estratégias do Governo Federal para o meio ambiente e a transformação social. A estratégia abrange os 399 municípios do Paraná e 35 do Sul do Mato Grosso do Sul, área de atuação prioritária da usina.

Eles constituem um espaço de escuta ativa, formativos e educacionais, baseados na metodologia da governança participativa. A ideia é que as instituições parceiras se mobilizem coletivamente para melhorar a qualidade de vida e promover um futuro sustentável para as comunidades.

Fonte: Iatipu

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