Ex-candidato a senador é o 3º secretário de Saúde de Natal em 2025

O médico radiologista e ex-candidato a senador Geraldo Pinho é o novo secretário de Saúde de Natal, o terceiro somente em 2025.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (10) pela Prefeitura. O novo gestor da pasta foi recebido no Palácio Felipe Camarão e, em seguida, se dirigiu à Secretaria.

Geraldo Pinho tem 43 anos e pelo menos cinco eleições no currículo, a última delas a vereador de Natal em 2024, quando recebeu 3.355 votos. O PP, seu partido, elegeu quatro parlamentares, e Pinho ficou na segunda suplência.

O cargo mais alto, contudo, veio em 2022, quando concorreu a senador pelo Podemos, na chapa do candidato a governador Styvenson Valentim. Pinho recebeu exatos 10 mil votos e ficou em quarto lugar. 

Natural de Recife (PE), ele começou sua carreira política no estado natal. Foi candidato a vereador na cidade de Paulista em 2004 pelo PDT; em 2008 pelo DEM e em 2010 se registrou para tentar ser deputado estadual por Pernambuco, mas renunciou à candidatura.

A primeira eleição a participar em Natal aconteceu em 2020, quando esteve filiado ao PV. Depois, vieram as já citadas eleições para senador (2022) e vereador (2024).

O novo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) é formado em Medicina há quase 13 anos, com residência médica em Radiologia e diagnóstico por imagem no Hospital do Servidor Público Estadual do Estado de São Paulo (IAMSPE) e com especialização em diagnóstico por imagem do sistema músculo esquelético no Hospital do Coração de SP (HCor).

O secretário já atuou em equipes de Saúde da Família (ESF) em três municípios (Canguaretama, lelmo Marinho e Jucurutu). Além disso, ocupou o cargo de diretor médico do Hospital Maternidade de Jucurutu e do Instituto de Radiologia. Ele participou ainda do programa “Acelera”, idealizado pelo Governo de São Paulo, que tinha como foco a realização de exames e cirurgias diárias, inclusive de madrugada, para acelerar o atendimento e diminuir filas de espera.

Baixas na SMS

Pinho chega a uma SMS que já perdeu duas titulares em pouco mais de um mês. A primeira secretária a sair da SMS neste ano foi Leidimar Murr, que não completou nem um mês no cargo. Ela foi exonerada em 29 de janeiro.

Em comunicado oficial, o prefeito Paulinho Freire informou que “atendeu o [sic] pedido de demissão da Dra. Leidimar Murr da Secretaria Municipal de Saúde” e agradeceu, em nome da Prefeitura de Natal, “por sua dedicação enquanto esteve à frente da SMS e fazemos votos de, ainda mais, sucesso em sua brilhante carreira”.

Indicada para a pasta pelo Sinmed-RN (Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte), Leidimar Murr, segundo informações de bastidores, teve sua exoneração atribuída ao fato de se recusar a conversar com fornecedores da SMS, além de ter colocado em cargos estratégicos da pasta pessoas que seriam ligadas ao Partido dos Trabalhadores.

De acordo com fontes da Agência Saiba Mais, a queda da ex-secretária também se deve à insatisfação da titular da Semtas (Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social), Nina Souza, esposa do prefeito Paulinho Freire.

A causa da insatisfação, segundo as mesmas fontes, é que a ex-secretária não estaria conseguindo “fazer entregas” nos primeiros dias de gestão na Secretaria Municipal de Saúde.

Depois dela, assumiu interinamente Rayanne Araújo Costa, que até então era adjunta. Rayanne, contudo, também não durou no cargo, e na semana passada assumiu como nova coordenadora da área de Saúde e Segurança na Indústria do SESI/RN. A Prefeitura havia informado que já estava ciente do convite e do aceite da secretária “para novos desafios profissionais.”

Dívidas

Geraldo Pinho ainda vai precisar lidar com dívidas de mais de R$ 17,4 milhões deixadas pela gestão Álvaro Dias (Republicanos). São valores do final do ano passado com 22 empresas diferentes. A menor é de R$ 3.111,90 com o Centro de Neuro Psico Pedagogia LTDA, referente ao mês de agosto de 2024. A maior dívida, na casa milionária dos R$ 8.617.424,94, é com a Athena Healthcare Holding, de outubro e novembro do ano passado.

As dívidas dizem respeito, principalmente, ao fortalecimento da assistência hospitalar e ambulatorial de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também ao gerenciamento do Sistema Municipal de Saúde. 

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