Estudantes da rede Sesi/Senai projetam carreiras prósperas

A utilização de tecnologia nas salas de aula é uma realidade no Brasil, com seis em cada dez centros educacionais utilizando tecnologia de alguma forma. Essa integração promove maior interesse e inclusão dos alunos na aprendizagem, especialmente em cursos profissionalizantes. No contexto da Geração Alpha, nascida a partir de 2010, e que já pode estar entrando no mercado de trabalho, o desenvolvimento de habilidades digitais, pensamento crítico, inteligência emocional e competências socioemocionais são apontados como essenciais para o desenvolvimento e crescimento profissional.Pertencente à geração Z – os nascidos entre 1990 e 2010 -, o estudante do 2º ano do Ensino Médio do Sesi, Artur Celino Lima Novais, de 15 anos, conta que a tecnologia é o que o estimula no seu processo de aprendizado. Ele, que cursa Informática para a Internet, no Sesi, diz que pensa em investir na área de segurança de software ou em engenharia de software.“Escolhi o curso por gostar de aprender sobre tecnologia e internet. Acredito que, quando utilizadas da forma correta, as tecnologias contribuem bastante para o ensino, tornando o aprendizado mais dinâmico e menos entediante. E o Sesi me proporcionou a oportunidade de estar em um lugar que, pouco antes do Ensino Médio, eu nem imaginava. Isso pode definir meu futuro”, ressalta o estudante que participou da competição de robótica com a equipe Hydra. “Se não fosse essa oportunidade, tenho certeza de que seria muito mais difícil chegar onde posso sem a ajuda do Sesi. Sou muito grato por isso”.

Artur Celino Lima Novais, de 15 anos

|  Foto: Arquivo Pessoal

Mas a utilização de novas ferramentas tecnológicas em sala de aula não é voltada apenas para os estudantes do segundo grau. De acordo com a gerente dos cursos profissionalizantes da Educação Regular do Sesi, Jucineide Santana, o acesso à tecnologia, para além do acesso à informação disponível na web, possibilita a diversificação de estratégias de ensino e, consequentemente, alcança os estudantes em suas especificidades de aprendizagem. “Ela (a tecnologia) mitiga as desigualdades socioeconômicas, garante o acesso à conhecimentos de diferentes culturas e cenários geográficos e contribui para o conhecimento de si, e a valorização de seu povo. As origens e suas bases culturais fortalecem a diversidade cultural e desenvolve princípios éticos de responsabilidade e respeito”.Segundo Jucineide, as tecnologias estão a favor da educação quando personalizam o processo de aprendizagem. Dessa maneira, todos os estudantes podem experimentar as ferramentas e utilizar os programas que permitem uma experiência imersiva em tempo real, desenvolvendo as inteligências múltiplas.A gerente explica que a Inteligência Artificial (IA) está presente no contexto educacional das escolas e, em consonância com a realidade virtual, dão suporte para práticas pedagógicas na sala de aula. “São ferramentas que permitem a ampliação dos espaços pedagógicos, rompendo as fronteiras dos muros da escola, possibilitando experiências de visitações a outros locais, outros países, experiências inéditas para muitos estudantes que em outras condições poderia ser impossível”.

gerente dos cursos profissionalizantes da Educação Regular do Sesi, Jucineide Santana

|  Foto: Wilson Sabadin/Coperphoto/Sistema FIEB

Isso é o que acontece na vida da estudante do terceiro ano do ensino médio do Sesi, Lara Ferreira Pinho, de 17 anos. Ela conta que a carreira na área tecnológica é o seu caminho e que investirá em áreas como a programação ou a engenharia. “Não imaginava chegar até aqui. Meu interesse e curiosidade nessas áreas só crescem ao longo do tempo, e estou motivada a continuar aprendendo e desenvolvendo minhas habilidades para atuar nesse campo”.Lara faz o curso técnico de informática para internet no Senai Cimatec. Ela conta que utiliza com frequência várias tecnologias para os estudos e tarefas diárias, como pesquisas e, principalmente, na robótica, áreas que evoluem constantemente com novas atualizações. “Vejo os meios tecnológicos como grandes aliados no aprendizado, especialmente com avanços como Artificiais (IA), supercomputadores, sites e aplicativos. Quando usados de forma equilibrada e correta, podem ser ferramentas poderosas para a educação”, ressalta.Para ela, a tecnologia e a energia estão ligadas ao dia a dia das pessoas, possibilitando que o profissional que tenha conhecimentos na área Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics (STEAM) sejam mais desejados no mercado de trabalho. “Meu interesse e curiosidade nessas áreas vêm crescendo ao longo do tempo; estou motivada a continuar aprendendo e desenvolvendo minhas habilidades para atuar nesse campo. O SESI/SENAI são uma segunda casa para mim, foram locais onde pude evoluir o lado pessoal e profissional, principalmente por intermédio da robótica competitiva uma das minhas grandes paixões, e do curso técnico”.

Lara Ferreira Pinho, de 17 anos

|  Foto: Arquivo Pessoal

Assim como Lara, Murilo Oliveira de Andrade, de 17 anos, que foi aluno do curso técnico de informática para internet no Senai Cimatec., encontrou nos meios tecnológicos grandes aliados para o aprendizado, especialmente nas áreas de robótica e desenvolvimento de sistemas. Ele também utiliza as ferramentas para estudos e tarefas diárias.A jornada de Murilo no mundo da tecnologia começou com um curso técnico integrado ao ensino médio no Sesi. Atualmente, ele está no ensino superior em Desenvolvimento de Sistemas, também no Senai, impulsionado pelo entusiasmo em desenvolver aplicações e criar soluções digitais. “Aquelas telas com códigos me enchiam os olhos e eu percebia que todo o conhecimento que eu podia adquirir ia muito mais além daquele cenário, havia um enorme potencial para o desenvolvimento e criação de resoluções para tudo o que estivesse ao meu alcance com o uso da tecnologia”, lembra.Murilo considera o uso de tecnologias em sala de aula imprescindível na era digital, em que celulares e computadores são amplamente utilizados. “O uso da tecnologia da forma certa para a educação torna o ensino mais dinâmico e interativo, são fontes para pesquisas e conhecimentos, aprendizados, e até ajuda em resoluções de problemas”, destaca.Para ele, a tecnologia se tornou fundamental na sala de aula, auxiliando nos estudos, pesquisas e acesso a conteúdos relevantes. No futuro, Murilo conta que pretende atuar como desenvolvedor full stack (profissional ligado à área de TI capaz de trabalhar nas mais diversas atividades que dizem respeito ao desenvolvimento e programação web).

Murilo Oliveira de Andrade, de 17 anos

|  Foto: Arquivo Pessoal

Posteriormente, ele conta que quer expandir para o back-end (profissional especialista no desenvolvimento web), trabalhando no processamento e armazenamento de dados. Além disso, vislumbra unir seus conhecimentos em tecnologia com marketing digital e empreendedorismo on-line.Com tantas metas, Murilo conta com o Sesi e o Senai para realizar seus planos. “O Sesi me proporcionou uma educação sólida e o desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe, comunicação e interação. Durante o curso técnico, fui apresentado ao mundo da tecnologia, percebi os caminhos que cada lugar da área poderia me levar, tive o meu primeiro contato e aprendizado sobre programação, tecnologias web, desenvolvimento de sistemas e a oportunidade de me aprofundar nas ferramentas e tecnologias”, conclui Murilo.

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