“Alívio”, dizem brasileiros deportados dos EUA ao desembarcarem

Os deportados que chegaram ao Brasil nesta sexta-feira, 7, no segundo voo vindo dos Estados Unidos disseram estar aliviados de voltar ao país depois de serem detidos pelo novo governo Donald Trump.O voo com 111 brasileiros pousou primeiro em Fortaleza (CE), onde 16 desembarcaram. Outros 95 seguiram para o destino final, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), através da Força Aérea Brasileira (FAB).Cesar Diego, 39, de Caldas Novas (GO), ajoelhou-se e beijou o chão quando chegou ao Brasil. Ele afirmou que os deportados receberam água e comida durante o voo, e que as algemas foram retiradas ainda dentro do avião após a chegada em Fortaleza.”A nossa riqueza está no Brasil, isso eu digo por experiência própria. O governo [brasileiro] nos deu 100% de ajuda e agradeço”, disse Diego. “Agora quero reencontrar a esposa e os dois filhos. Não vejo há seis meses.”, disse ele à Folha de São Paulo.

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Também repatriado, João Vitor Batista Alves, 26, disse que a recepção no Brasil foi boa, com todo o apoio necessário e tratamento digno. Motoboy, ele disse que “lá fora, por mais que seja financeiramente melhor, o calor humano, o acolhimento, isso só o Brasil tem”, ressaltando que poucos brasileiros migram para os EUA em comparação com outros países.Além do traslado de Fortaleza a Confins, o plano brasileiro também incluiu um diplomata destacado para acompanhar o embarque dos brasileiros na cidade americana de Alexandria, no estado da Louisiana.O governo Lula (PT) escalou equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para receber os repatriados tanto no Ceará quanto em Minas Gerais, por meio de postos de acolhimentos nos dois aeroportos.De acordo com a secretária de Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, os repatriados vieram acorrentados e “quase sem alimentos”.”Recebemos com muita emoção, porque eles estavam acorrentados, com algemas. Quando desceram do avião já vieram totalmente livres, mas muito machucados emocionalmente. Pelos relatos, eles sofreram muito, ficaram presos, quase sem alimentos, e aqui o governo do estado deu alimento, água, kit de higiene, um tratamento humanizado.

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