Dalberto nega acusações do Gaeco e vai pedir cassação de Rodrigo Guedes

Vereador afirma que o colega de Câmara, Rodrigo Guedes, teria feito denúncias infundadas e por isso quer comissão processante contra ele

O vereador Dalberto Christofoletti (PSD), alvo de uma operação deflagrada na quinta-feira (6) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), negou as acusações que estão sendo investigadas pelo Ministério Público de que ele teria supostamente recebido centenas de milhares de Reais das empresas contratadas pela Secretaria Municipal de Cultura na época em que ele era secretário da pasta na Prefeitura de Rio Claro.

O parlamentar afirmou em entrevista de ontem ao JC que pretende, inclusive, pedir a cassação do vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) na Câmara Municipal por supostas denúncias envolvendo o irmão de Rogério Guedes (PL) e por quebra de decoro, segundo Dalberto, diante do fato de Rodrigo ter acionado o Gaeco contra ele.

Christofoletti declarou que não há irregularidades ou ilegalidades na contratação da empresa AE Produções Artísticas e Restauro Ltda, do casal de empresários Antonio Aparecido Bispo Santos e Edna Maria Terto Brito Santos, pais da funcionária comissionada na Secretaria de Cultura, Mislene Terto Brito Santos da Silva. A empresa foi constituída no início de 2023 e naquele mesmo ano passou a receber recursos públicos da pasta para projetos culturais na contratação de produção e captação.

Operação investiga desvios na Cultura e ex-secretário e atual vereador Dalberto

Segundo Dalberto, uma comissão de servidores da Cultura é quem seleciona os contratados. Sabe-se que os integrantes do grupo são ligados ao ex-secretário, porém, ele afirma que tudo foi feito dentro da legalidade. “O trabalho do Gaeco foi perfeito, veio averiguar por que o Rodrigo fez a denúncia que tem cunho político. Estamos colaborando com todas as informações”, afirma.

A respeito da denúncia afirmar que a empresa recebeu cerca de R$ 815 mil durante três anos e que parte deste dinheiro teria ido parar na sua própria conta bancária pessoal, Dalberto afirma que “desconheço, não tive acesso total aos autos. Ao que me recorde, não tenho relação comercial com o casal”, afirma. Segundo ele, os pagamentos ocorrem para projetos que têm prazo de execução ao longo de vários anos.

Dalberto diz que “a denúncia foi caluniosa, o Rodrigo fez mal uso do Gaeco. Não sou processado, sou ficha limpa e não tenho nenhuma condenação. Alertei o promotor do uso político da denúncia”, completa. Ainda em declaração ao Jornal Cidade, Dalberto disse que vai apresentar na Câmara Municipal um pedido de instauração de comissão processante “para investigar o vereador Rodrigo Guedes (União Brasil) por prática de rachadinha, participação em rede de desinformação eleitoral e práticas contra ordem tributária no comércio de madeira em Rio Claro”, conclui Christofoletti. O espaço está aberto para Rodrigo Guedes se manifestar.

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