Após crescer 8% em 2024, Bahamas traça metas para 2025

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O editor-chefe da Tribuna de Minas, Paulo César Magela, recebeu Jovino Campos, CEO do Grupo Bahamas, e Paulo Roberto Lopes, diretor-presidente do conselho administrativo do grupo, para entrevista na Rádio Transamérica Juiz de Fora. A conversa focou no Encontro de Negócios do Grupo Bahamas, realizado nesta quinta-feira (6), que apresenta um balanço sobre a atuação da empresa no ano passado e apresentou as metas traçadas para 2025. Além disso, os executivos também analisaram o aumento dos preços dos alimentos e divulgaram novos projetos da empresa.

Jovino comenta que, apesar de 2024 ter sido desafiador, com aumento da taxa de juros e diminuição do poder de compra do consumidor, o ano foi bom para o Bahamas. “Crescemos acima da média e atingimos o que a grande maioria dos varejos brasileiros não atingiram.” Já Paulo disse que houve uma preocupação com a alta da Selic, com tendência a continuar subindo, como sinalizado pelo Banco Central. Porém, a avaliação é que o grupo possui um caminho bem direcionado.

Um dos problemas que impacta os negócios, segundo Jovino, é a falta de mão de obra qualificada, principalmente na construção civil, atrasando a conclusão de obras de novas lojas. Na conversa, os empresários também identificaram a falta de interesse dos jovens em manter-se no trabalho, trocando de emprego frequentemente. Porém, como contaram, apesar dessa dificuldade, conseguem reter trabalhadores, com alguns contabilizando de 20 a 40 anos na prestação de serviços à empresa.

Crescimento e foco em resultados

Jovino afirmou que o grupo cresceu quase 8% no ano passado, entendido como um número “muito bom”, pois mesmo não sendo o esperado, ainda foi maior que a média do mercado. Ele destacou que o foco da empresa será nos resultados.

Ao serem questionados sobre a governança “severa” dos empresários, ressaltaram a atenção com a transparência e os resultados, além da importância da auditoria feita pela consultoria Big Four.

Aumento nos preços

“Você viu o preço do café, né? Tá valendo ouro hoje”, disse Jovino ao comentar a inflação nos preços de alguns produtos. “O supermercado repassa preços, porque, se não repassar, não sobrevive”, ressalta o empresário. Ele conta que o grupo teve aumento no custo de mão de obra, nas contas de energia, água, telefone e impostos.

A conversa também englobou a reforma tributária, que pode afetar a expansão das lojas do grupo em outros estados do país, que, até então, está presente somente em Minas Gerais. Sobre isso, Jovino comentou sobre a dificuldade de transportar produtos de outros estados, como óleo de soja, queijo e leite, que são tributados com valores mais altos.

Impacto social

Durante a entrevista, também foi mencionado que, hoje, o Grupo Bahamas tem 85 lojas em operação, 9.300 colaboradores e três lojas a serem inauguradas nas próximas semanas. Os empresários falaram sobre os planos de levar as lojas para além do Triângulo Mineiro e da Zona da Mata, mas acreditam ter espaço para crescer mais em Juiz de Fora, que conta com 31 unidades na cidade. 

“Hoje o atacarejo domina o varejo brasileiro, vende mais que supermercado”, afirmaram, ao falar sobre as mudanças no consumo. Jovino e Paulo defenderam a adaptação às novidades e a importância das parcerias. Também avaliaram o impacto do grupo na comunidade juiz-forana, que tem na cidade cinco mil postos de trabalho formal, uma das empresas que mais emprega na região.

Os empresários acreditam na estabilidade e no crescimento do varejo e da prestação de serviços, independentemente das mudanças do mercado. Para isso, defendem a melhora das condições e das estruturas, como a facilitação da fila única e a criação de lojas voltadas para produtos para pets. 

 

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