Motorista de app que esfaqueou cantor Hugo Playboy se apresenta à polícia

O autor das facadas que feriram o cantor Hugo Playboy em uma loja de conveniência de um posto de combustíveis no Conjunto Salvador Lyra, parte alta de Maceió, se apresentou à polícia na sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta quinta-feira (06), mais de 30 dias depois do crime. O homem que trabalha como motorista de transporte por aplicativo estava acompanhado do advogado e disse que o músico iniciou a briga após não ter sido cumprimentado. Ele foi liberado depois do interrogatório.

Nesta semana, o cantor Hugo Playboy usou a rede social Instagram para explicar que foi vítima de facadas no dia 3 de janeiro de 2025. O vídeo, captado por câmeras de segurança, foi encaminhado para a polícia e houve a intensificação da investigação na busca pela identidade e pelo paradeiro do suspeito. Dois dias depois das imagens virem à tona, o autor se apresentou.

A defesa do motorista de app, representada pelo advogado Marinésio Luz, explicou que a confusão aconteceu em dois momentos. No segundo, o homem, que confessou ter dado as facadas no cantor, estava com a arma branca e a usou para atacar o músico.

“Eles estavam na loja de conveniência, em mesas diferentes, e aí o cantor, o Hugo Playboy, se levantou para ir até a mesa onde meu cliente estava próximo. A versão do meu cliente é diferente da versão do cantor, que fala que foi separar uma briga. Na verdade, segundo meu cliente disse, ele não cumprimentou o cantor, não deu a mão, e ele ficou bravo por isso, porque se considera uma celebridade e teria que ser cumprimentado”, iniciou o advogado.

“Os dois começaram a discussão e as agressões físicas. Brigaram, trocaram agressões, caíram no chão, e depois de separados, meu cliente foi para o carro. Momento em que lembrou ter esquecido o celular na mesa. Ele voltou e aí aconteceu o que está registrado no vídeo divulgado pela imprensa. Ele disse que não tinha a intenção de matar, que foi o calor do momento e usou a faca”, continuou.

A defesa alegou ainda que a arma branca estava com o motorista de app pois ele faz uso dela para se alimentar, durante o dia de trabalho. “Ele estava trabalhando. Estava atendendo clientes durante toda a madrugada e resolveu parar no posto, já no fim do expediente, para relaxar. Ele tinha comido uma manga antes, e por isso estava com a faca”, destacou.

A defesa disse que vai aguardar a conclusão do inquérito e está à disposição para mais esclarecimentos. A DHPP, delegacia responsável pela investigação, deve colher depoimento de pessoas que estavam no momento do desentendimento entre autor e vítima. 

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