Produtor de Hollywood é condenado por duplo homicídio e estupro de sete mulheres

O produtor de filmes e ex-ator David Pearce foi considerado culpado pelo duplo assassinato da modelo Christy Giles e sua amiga Hilda Marcela Cabrales Arzola e pelo estupro de sete mulheres. Pearce conheceu as vítimas em uma festa rave, as levou ao seu apartamento e serviu cocaína e vinho para elas. As mulheres desmaiaram após o consumo das substâncias e tiveram seus corpos abandonados em dois hospitais de Los Angeles. Um júri o condenou por todas as acusações, incluindo os estupros de sete mulheres que se apresentaram depois que ele foi acusado pelas mortes por overdose das amigas, ocorridas em 2021.

Pearce foi acusado de assassinato por atrair as duas vítimas para seu apartamento, fornecer as drogas – incluindo uma mistura de cocaína dom fentanil – e oferecer bebida misturada com uma substância que as deixou inconscientes. Os promotores alegaram que ele se recusou a pedir ajuda para as moças.

A promotoria descreveu Pearce como um “estuprador em série calculista que atraiu mulheres para sua casa se passando por um figurão de Hollywood e prometendo ajudá-las a entrar no ramo do entretenimento”. Seu ajudante, Michael Ansbach, teria ajudado a levar as mulheres para o apartamento.

O cúmplice testemunhou dizendo que Pearce os levou para sua casa, ofereceu as drogas, vinho para as mulheres e um drink para ele. Todos, exceto o produtor, desmaiaram após o consumo das drogas. Ao acordar, Ansbach disse ter visto as mulheres inconscientes e urgiu para Pearce ligar para o serviço de emergência, mas ouviu dele que “Garotas mortas não falam” e se recusou a pedir ajuda.

Ansbach foi embora do apartamento e Pearce acabou recorrendo ao seu colega de quarto Brandt Osborn – que na época trabalhava na série ‘NCIS’ – que o ajudou a pegar os corpos de Christy e Hilda, a colocar em seu carro e abandoná-los nas calçadas das portas de dois hospitais da cidade.

Os testes toxicológicos feitos nos corpos das amigas apontaram para a presença do opioide fentanil e da droga de estupro GHB – mais conhecida como ‘boa noite Cinderela’ – em seu sangue. A dosagem de fentanil era fatal e Pearce tinha ciência da mistura da droga na cocaína. O réu alegou que não sabia do perigo da combinação das drogas até que as vítimas tiveram a overdose.

Em seu depoimento, o agora condenado disse que deixou as amigas em um quarto de hóspedes e foi dormir em sua própria acomodação. Elas teriam ficado inconscientes por cerca de 12 horas até que ele disse ter iniciado manobras de ressuscitação e as levado aos hospitais.

Rebatendo a narrativa, apontando que o réu se aproveitava de poder e controle para chegas às vítimas e escapar dos crimes, a promotoria pediu para que os jurados não acreditassem em seu depoimento. E assim foi. Pearce foi considerado culpado pelos crimes e pode pegar de 128 anos a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em decisão que será divulgada posteriormente.

 

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