MinC reafirma responsabilidade da igreja em desabamento

O Ministério da Cultura (MinC) emitiu uma nota conjunta com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sobre o desabamento de parte do forro do teto da Igreja de São Francisco de Assis, no Centro Histórico de Salvador, nesta quarta-feira, 5. A queda resultou na morte da turista Giulia Panchoni Righetto e deixou outras cinco pessoas feridas.

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Os órgãos lamentaram o caso e expressaram solidariedade às vítimas. No entanto, ambos reforçaram que a manutenção do templo seria de responsabilidade da Ordem Primeira de São Francisco, ou seja, do próprio grupo que gere e administra o espaço. O MinC e o Iphan afirmaram ainda que um projeto de restauração vinha sendo realizado atualmente pelo Iphan.“O imóvel é de propriedade da Ordem Primeira de São Francisco, responsável direta pela gestão e manutenção da edificação. O Iphan, enquanto órgão de proteção do patrimônio cultural brasileiro, tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, atualmente em andamento”, diz a nota.O MinC e o Iphan afirmaram que acompanham de perto a situação, junto com as autoridades locais e que “permanecem à disposição para colaborar com as investigações e adotar as medidas necessárias para a preservação e restauração do patrimônio histórico e cultural, reafirmando o compromisso com a proteção da memória nacional”.Debate sobre responsabilidade pela igrejaA responsabilidade pela manutenção da igreja passou a ser amplamente debatida após o incidente. Segundo o diretor geral da Defesa Civil de Salvador, Sosthenes Macedo, a questão deveria ser tratada pelo Iphan. “Nós já estamos realizando a notificação tanto do Iphan, que é o responsável, órgão tombador do material para tomar as providências cabíveis, quanto da SEDUR, que vem dar o suporte para eventual retirada de escombros”, disse o diretor.Ao Portal A TARDE, Hermano Guanais, diretor do Iphan, afirmou que a Igreja é responsável direta pelo templo. Ainda de acordo com ele, neste ano, o instituto elegeu “com prioridade” a restauração do espaço, com injeção de R$ 1,2 milhão.Conforme o órgão, em material divulgado à imprensa na época, a quantia seria usada para a contratação de serviços técnicos de elaboração dos projetos para a restauração e preservação da igreja, construída entre os séculos XVII e XVIII. A ordem de serviço foi assinada no dia 1º de outubro do último ano pelo próprio Hermano.

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