Natália diz que houve abuso de poder de comunicação e compra de votos em 2024

Em vídeo publicado nas redes sociais, a deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que a ação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) sobre abuso de poder político e econômico nas eleições municipais do ano passado abrange apenas “uma parte dos temas” e que há outras investigações em curso sobre abuso de poder de comunicação e compra de votos para beneficiar a candidatura do prefeito eleito Paulinho Freire (União Brasil) e da vice-prefeita Joanna Guerra (Republicanos).

O Ministério Público ajuizou uma Ação de Investigação Judicial eleitoral (AIJE) contra Paulinho Freire, Joanna Guerra, o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) e os vereadores eleitos Daniell Rendall (Republicanos) e Irapoã Nóbrega (Republicanos), pedindo a cassação dos mandatos do prefeito, sua vice e dos vereadores, além da aplicação de multa e da condenação à inelegibilidade deles e de Álvaro Dias.

A acusação é de abuso de poder político e econômico através do uso da máquina da Prefeitura de Natal para cooptar apoios às candidaturas apoiadas pelo ex-prefeito Álvaro Dias, que segundo o Ministério Público foi quem “orquestrou” o esquema eleitoral, loteando as secretarias municipais, para favorecer Paulinho, Joanna, Rendall e Irapoã.

Natália, que disputou o segundo turno contra Paulinho Freire, lembrou que, ainda durante a campanha, denunciou “os crimes que estavam sendo cometidos pela campanha do atual prefeito”, entre os quais a compra de votos e o uso de veículos de comunicação para beneficiar a eleição de Paulinho Freire e Joanna Guerra.

Ao citar a ação apresentada pelo Ministério Público, Natália ressaltou que a Prefeitura de Natal foi usada para coagir pessoas a votarem nos candidatos apoiados pelo ex-prefeito Álvaro Dias. Empregados terceirizados e servidores comissionados eram ameaçados de demissão, obrigados a participar de eventos de campanha e tinham de demonstrar seu apoio publicamente compartilhando material de campanha em suas redes sociais.

A presença de terceirizados e comissionados aos eventos de campanha, segundo a denúncia do Ministério Público, era controlada através de listagens, onde constavam o nome da pessoa, o contato dela e o cargo que ocupava. Além disso, havia anotações feitas à mão com a observação “não postou”, para identificar aqueles que não haviam compartilhado a propaganda eleitoral em suas redes sociais.

“Os elementos denotam que Álvaro Costa Dias organizou essa prática através do loteamento das secretarias e dos órgãos municipais para garantir apoio político utilizando a máquina pública para beneficiar as campanhas dos candidatos aliados. Existem ainda evidências de que a gestão municipal ofereceu serviços públicos em troca de apoio eleitoral, explorando lideranças locais para cooptar eleitores”, disse a parlamentar, lendo trecho da ação do MP.

Natália destacou que “é o destino da cidade que está em jogo” e enfatizou que “é muito importante que tenhamos processos eleitorais que garantam o mínimo de condições democráticas”, o que não aconteceu no ano passado”.

A petista frisou, ainda, que a ação do Ministério Público atestou “com fartas provas aquilo que foi denunciado, que tanta gente, tantos de vocês presenciaram [na campanha eleitoral]”, referindo-se ao uso da máquina pública para eleger Paulinho Freire e Joanna Guerra.

A ação do Ministério Público, com base nos depoimentos colhidos na investigação, sustenta que o ex-prefeito Álvaro Dias “pediria os cargos comissionados e os empregos de terceirizados caso não houvesse apoio aos seus candidatos”.

De acordo com a denúncia, todas as secretarias municipais, órgãos e entidades da gestão passada também “realizaram reuniões com seus subordinados diretos (cargos em comissão e empregados públicos) de cunho político” em favor dos candidatos a prefeito e a vereadores apoiados pelo ex-prefeito Álvaro Dias.

The post Natália diz que houve abuso de poder de comunicação e compra de votos em 2024 appeared first on Saiba Mais.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.