Oposição comenta ação do MP contra Paulinho e Joanna: “a gente avisou”

Parlamentares que fazem oposição à gestão Paulinho Freire (União) repercutiram a ação pedindo a cassação do mandato do prefeito de Natal e da vice-prefeita Joanna Guerra (Republicanos), além dos vereadores Daniell Rendall (Republicanos) e Irapoã Nóbrega (Republicanos), por abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024. O ex-prefeito Álvaro Dias também foi envolvido na ação.

Na Câmara de Natal, os vereadores Brisa Bracchi e Daniel Valença, ambos do PT, disseram que “a gente avisou” e que houve um “golpe na democracia”, respectivamente.

“A gente avisou! Ação do Ministério Público pede a cassação dos diplomas do prefeito de Natal, da vice, de vereadores e do ex-prefeito Álvaro Dias, além de inelegibilidade por 8 anos. Segundo o documento, a máquina pública teria sido usada para coagir servidores em apoio às campanhas. Abuso de poder econômico e político, como já denunciamos há tempos”, afirmou Brisa.

Daniel afirmou ainda que a máquina pública foi usada para fraudar eleições na capital

“A acusação: servidores foram ameaçados com demissões e pressionados a apoiar candidatos governistas. Além disso, serviços públicos teriam sido usados como moeda de troca para garantir votos. O mentor: Álvaro Dias, ex-prefeito de Natal, teria organizado o loteamento de cargos e secretarias para consolidar o esquema”, escreveu.

“A justiça já determinou a citação dos envolvidos e o andamento das investigações segue firme. Natal não pode aceitar que a democracia seja sequestrada pela corrupção eleitoral”, continuou.

As vereadoras Samanda Alves (PT) e Thabatta Pimenta (PSOL) não comentaram sobre a ação nas suas redes sociais. Procuramos a assessoria de ambas, e a matéria será atualizada caso haja um posicionamento.

Na Câmara Federal, o deputado Fernando Mineiro citou que a denúncia do MP indica que a gestão Álvaro Dias usou de secretarias e órgãos municipais para garantir apoio político através de influência/coação — como ameaças de demissão e exoneração — e através de postagens em redes sociais e eventos públicos.

“Que as investigações continuem e todos os envolvidos sejam responsabilizados”, disse.

Na Assembleia Legislativa, Divaneide Basílio (PT) disse que o relatório denuncia práticas criminosas de abuso de poder político e econômico. 

“Que seja apurado e responsabilizado”, desejou.

Já a sua colega de Casa e de partido, Isolda Dantas, lembrou de denúncias feitas durante a própria eleição.

“Nós passamos a campanha inteira denunciando que havia abuso de poder. Pois é, o Ministério Público disse que a gente estava certo”.

A candidata que enfrentou Paulinho no segundo turno do ano passado, a deputada federal Natália Bonavides, também comentou que a ação do Ministério Público “é apenas uma pequena parte dos crimes eleitorais que aconteceram naquele período”.

Em publicação no X, antigo Twitter, Natália repostou um vídeo com trecho de um dos debates realizados no segundo turno em que ele questiona o então candidato Paulinho Freire sobre a utilização da máquina pública da Prefeitura de Natal para beneficiar a chapa dele e de Joanna Guerra.

“Denunciamos, durante toda a campanha de 2024, o uso da máquina pública para coagir servidores e garantir votos. O Ministério Público do RN escancara hoje a ponta de um grande iceberg”, escreveu a deputada.

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