Styvenson surpreende, se filia ao PSDB e ameaça liderança de Ezequiel

O senador Styvenson Valentim surpreendeu o mundo político neste fim de semana. Depois de quase seis anos no Podemos, o senador saiu do partido e se filiou ao PSDB. A filiação aconteceu no sábado 1º, horas antes da eleição da Mesa Diretora do Senado.

Além de Styvenson, outro senador do Podemos se filiou ao PSDB: Oriovisto Guimarães (PR). Os dois se juntam a Plínio Valério (AM) na bancada do PSDB no Senado.

A chegada de Styvenson ao PSDB levantou dúvidas sobre o futuro do partido no Rio Grande do Norte. Atualmente, a legenda é comandada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira, e integra a base da governadora Fátima Bezerra (PT).

Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o senador afirmou no sábado que não fica em legenda que apoia Fátima. “A única coisa que eu vou dizer é que eu não participo do governo Fátima. Não sou base do governo Fátima, mas nem vou ficar no partido que é do governo Fátima. Entendeu?”, declarou.
Ainda durante a transmissão, Styvenson Valentim sugeriu que já estaria alinhada uma fusão entre o PSDB e o Podemos. Nos bastidores, porém, as conversas mais adiantadas do PSDB são com o PSD.

Ezequiel ainda não se manifestou. Ele deverá falar sobre o assunto nesta terça-feira 4, na abertura dos trabalhos da Assembleia para o ano de 2025.

No sábado, dia da filiação de Styvenson, o deputado estadual recebeu a visita do presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, que fica no RN até esta terça-feira.

O encontro reforça o prestígio do parlamentar potiguar dentro do partido, com o respaldo da cúpula tucana. A visita de Perillo a Ezequiel sinaliza que não haverá mudanças no comando do PSDB no Estado.
Dentro do PSDB, a chegada de Styvenson é vista como uma articulação restrita ao Senado. O senador deixou o Podemos após ser destituído da liderança do partido. Ao desembarcar no PSDB, Styvenson permitirá que a sigla volte a ter três senadores e recupere a liderança no Senado. Com a liderança, o PSDB volta a exercer influência no Senado e recupera cargos perdidos, entre outras vantagens.

FUSÃO. Em entrevista à CNN em janeiro, Marconi Perillo também afirmou que o PSDB irá realizar uma “fusão ou incorporação” com outro partido ainda neste ano.

A expectativa é que o anúncio saia até março. No momento os tucanos estão negociando com algumas siglas que possuem a “mesma visão ideológica” e o “mesmo plano de Brasil do futuro”, segundo Perillo.
Na visão de Plínio Valério, no entanto, “um partido do tamanho, e com a missão que tem o PSDB, não pode falar em fusão”.

“Imagina o que é você esperar que o partido suma. […] De repente, você aparece com uma bancada, isso vai fortalecer, inclusive no diálogo com outros partidos”, concluiu.

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