Fragilidade defensiva preocupa e Paysandu busca equilíbrio

No futebol, o termo “calcanhar de Aquiles” é frequentemente utilizado para descrever a principal vulnerabilidade de uma equipe ou jogador, podendo comprometer diretamente o desempenho dentro de campo.A origem da expressão remete à mitologia grega, onde Aquiles, um guerreiro quase invulnerável, foi derrotado ao ser atingido justamente em seu ponto fraco. No contexto esportivo, essas fraquezas podem estar relacionadas a uma defesa desorganizada, a um sistema tático mal ajustado ou à ausência de um atleta capaz de desequilibrar as partidas.Conteúdo Relacionado:Santa Rosa vence de virada e estraga aniversário do PaysanduFernandes viu Paysandu irreconhecível na derrota em IpixunaMeia lamenta bobeira do Paysandu em “jogo que estava na mão”Paysandu anuncia contratação de argentino Joaquín NovilloIngressos viram dor de cabeça no Paysandu; sócio não decolaNo caso do Paysandu, essa fragilidade vem se manifestando, principalmente, no setor defensivo. O técnico Márcio Fernandes precisa, com urgência, ajustar a estrutura da equipe para evitar que o problema se agrave ao longo da temporada.Durante a Série B de 2024, o treinador disputou 13 partidas e sofreu 14 gols, uma média de 1,07 gol por jogo. Apesar disso, conseguiu um bom aproveitamento, sendo fundamental para evitar o rebaixamento.Já em 2025, no Campeonato Paraense, o cenário se mostra ainda mais preocupante. Em apenas quatro rodadas, o Papão já sofreu seis gols, elevando a média para 1,5 por partida.

O início da temporada envolve naturalmente ajustes e evolução, mas a instabilidade defensiva tem acendido o sinal de alerta na Curuzu. O esquema estratégico traçado por Márcio Fernandes, com quatro atacantes – sendo três responsáveis ​​por auxiliar na criação e na recomposição – ainda não se encaixou, comprometendo o equilíbrio da equipe.A derrota para o Santa Rosa, no último domingo (2), expôs ainda mais as dificuldades defensivas do Paysandu. Até então, apenas Quintana e Luan Freitas vinham sendo usados ​​como zagueiros, com a base completando o elenco. Como resposta imediata, o clube anunciou a contratação do zagueiro Joaquín Novillo, na tentativa de dar mais solidez ao sistema defensivo.Além da instabilidade defensiva, o Papão tem encontrado dificuldades na criação, apesar da expressiva média de 2,75 gols por jogo no Parazão. Contra o Macaco-Prego, por exemplo, Giovanni, uma das principais referências técnicas do elenco, precisou atuar como segundo volante.

Outro ponto que reforça a necessidade de ajustes é o nível técnico do Campeonato Paraense. Embora os gramados sofram com influência do inverno amazônico, o Paysandu, que tem um investimento muito superior aos demais clubes, não pode apresentar tantas dificuldades diante de adversários que possuem estruturas e elencos bem mais modestos. O estadual deve servir como um laboratório para a equipe se preparar para a Série B, mas chegar à competição nacional sem uma base sólida pode comprometer todo o planejamento da temporada.As cobranças de torcida são naturais, e, ainda que pareçam precipitadas, têm fundamento. O ritmo de trabalho de Márcio Fernandes ainda é curto, mas a necessidade de evolução é urgente. A comissão precisa encontrar rapidamente o equilíbrio entre ataque e defesa, garantindo que o Paysandu inicie a Série B com uma equipe ajustada, necessitando apenas de reforços pontuais.Mesmo com os problemas, o Paysandu segue tranquilo na classificação do Parazão 2025, ocupando a vice-liderança com 9 pontos. Na quinta rodada do Campeonato Paraense, o Paysandu viaja para Bragança, onde irá encarar o Bragantino, no Diogão. A bola vai rolar às 15h30 do próximo domingo (9). Antes disso, o Papão estreia rumo ao pentacampeonato da Copa Verde. A equipe bicolor entra em campo na próxima quarta-feira (5), às 20h, para encarar o Porto Velho-RO, em jogo na Curuzu, em Belém. Os ingressos já estão à venda: arquibancada, R$ 50, e cadeira, R$ 200.

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