pontos impróprios para banho em Capão da Canoa e Tramandaí geram polêmica e levantam alerta sobre drenagem urbana

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou na sexta-feira (31/01) o sétimo boletim do projeto Balneabilidade 2024-2025. O resultado atual mostrOU que dos 93 pontos analisados, no litoral norte e no interior do Rio Grande do Sul, 80 estão próprios para banho e 13 estão impróprios para receber banhistas. Destes, pontos centrais e populares em Capão da Canoa e Tramandaí chamaram a atenção de moradores e veranistas.

O último boletim identificou dois pontos na área central de Capão da Canoa como impróprios para banho pela primeira vez nesta temporada. As coletas ocorreram durante período de chuvas.

O secretário de Meio Ambiente do município, Beto Rocha, afirma que os córregos são monitorados e que eventuais ligações clandestinas de esgoto cloacal são identificadas rapidamente. “Nos locais considerados impróprios, temos apenas as galerias do pluvial que atravessam a Avenida Beira-Mar. Estamos trabalhando com Fepam, Corsan e a Secretaria do Meio Ambiente para entender o que levou a essa classificação, pois as análises anteriores não indicavam contaminação”, destaca Rocha.

Já em Tramandaí, a polêmica é constante. Um dos pontos que apareceram como impróprios para banho neste verão foi a Avenida da Igreja. Segundo moradores e frequentadores, a situação acontece há anos, especialmente após chuvas intensas. Apesar das ações de fiscalização e dos projetos para melhorias na drenagem, a preocupação persiste.

De norte a sul do litoral do Rio Grande do Sul, os córregos de água que atravessam as praias das dunas até o mar geram preocupação entre os banhistas. Muitos evitam o contato, enquanto outros rapidamente correm ao mar para lavar os pés. Embora, em geral, essa água proveniente do esgoto pluvial de drenagem urbana não contenha poluentes, especialistas alertam que a sobrecarga do sistema de esgoto sanitário e as ligações clandestinas podem comprometer sua qualidade.

Segundo o engenheiro agrônomo Carlos Todeschini, membro do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí, chuvas intensas podem provocar o transbordamento de fossas e o despejo irregular de esgoto no mar. “O problema ocorre quando há precipitações fortes, pois o excesso de esgoto é levado para o oceano, contaminando a água e tornando a fiscalização complexa”, explica.

Outros pontos impróprios no estado

Dos 93 pontos analisados pela Fepam no litoral e no interior do Rio Grande do Sul, 13 foram considerados impróprios para banho. Entre eles:

  • Capão da Canoa: Edifício Aymoré e Edifício Yara
  • Tramandaí: Avenida da Igreja
  • Osório: Lagoa do Peixoto
  • Pelotas: Valverde/Trapiche e Santo Antônio/Rua Bagé
  • Tapes: Balneário Rebelo e Praia do Pinvest

O histórico da temporada mostra que Capão da Canoa aparece pela primeira vez na lista de locais impróprios para banho, enquanto Osório figura pela terceira vez.

Recomendações aos banhistas

A Fepam reforça a necessidade de atenção ao escolher onde tomar banho de mar. Entre as orientações:

  • Evite entrar na água em locais sinalizados como impróprios.
  • Não tome banho em épocas chuvosas ou em períodos de cheia dos rios.
  • Fique atento a saídas de córregos e canais pluviais, pois podem conter esgoto.
  • Evite áreas com alta concentração de algas.
  • Crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa devem ter cuidados redobrados.

O monitoramento continuará sendo realizado semanalmente até o final de fevereiro. Os boletins estarão disponíveis no site e redes sociais da Fepam, além do web aplicativo Balneabilidade, que informa os resultados das análises em tempo real.

Fonte: GZH

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