PSB se organiza para 2026 no RN e avalia sucessão da governadora Fátima Bezerra

O PSB no Rio Grande do Norte já iniciou sua organização para as eleições de 2026. Foi o que disse em entrevista à Agência Saiba Mais a presidente estadual da legenda, a ex-deputada estadual e ex-vereadora de Mossoró, Larissa Rosado. Ela destacou que o partido vem se fortalecendo e planeja ampliar sua representatividade tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara dos Deputados. A dirigente partidária afirmou que a sigla acompanhará de perto as definições sobre a sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT), ressaltou que o momento é de avaliar “a melhor estratégia para dar continuidade ao projeto que vem sendo desenvolvido” pela líder petista e reafirmou o compromisso “com a unidade e a construção de um projeto sólido para o estado”.

Para Larissa, a sucessão estadual “é um tema que exige diálogo e construção” dentro do grupo político que atualmente governa o Rio Grande do Norte, sob a liderança do PT da governadora Fátima Bezerra. Ela citou o nome do vice-governador Walter Alves (MDB) como “uma possibilidade forte” para representar essa aliança governista em 2026, mas ponderou que “ainda há um caminho a ser percorrido até a definição da candidatura majoritária”.

“Nosso partido sempre esteve aberto ao diálogo e às articulações que garantam o avanço das políticas públicas e o fortalecimento da gestão. Vamos participar ativamente dessa discussão, ouvindo nossas lideranças e a base do partido, para definir nosso posicionamento da forma mais estratégica possível”, declarou a presidente estadual da legenda.

Larissa assegurou também que o partido “estará presente nesse debate, sempre buscando contribuir com um projeto que priorize o desenvolvimento do nosso estado e a melhoria da qualidade de vida dos potiguares”.

O PSB, segundo ela, “tem nomes competitivos para a composição de chapa majoritária”, indicando que a legenda não quer ser coadjuvante nesse processo, mas, ao mesmo tempo, ponderou que ainda é cedo para falar sobre esse assunto.

Tendência de apoio a Fátima ao Senado

Larissa enfatizou que o PSB “tem um alinhamento histórico com o projeto da governadora Fátima Bezerra”, por isso, naturalmente, a tendência do partido “é apoiá-la em uma eventual candidatura ao Senado” em 2026.

“Fátima tem uma trajetória política consolidada, é uma liderança forte e representa um projeto que tem contribuído para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, elogiou Larissa.

Em relação à segunda vaga que estará em disputa ao Senado Federal, a presidente estadual do PSB avaliou que “esse é um debate que ainda será construído dentro do nosso grupo político”.

Larissa citou a senadora Zenaide Maia (PSD) como “uma aliada importante”, que tem uma “uma atuação reconhecida em defesa das pautas sociais e do desenvolvimento do estado”, mas o apoio ao nome dela não é automático.

De acordo com Larissa, uma reaproximação com a senadora “é algo que pode ser discutido, desde que haja um entendimento coletivo dentro do grupo governista sobre os melhores caminhos para 2026”.

“O PSB está aberto ao diálogo e, como sempre, atuará de forma estratégica, buscando o fortalecimento do nosso campo político e a construção de uma chapa competitiva, que garanta uma representação sólida do Rio Grande do Norte no Senado”, ponderou.

Participação no Governo do Estado

Ela também comentou sobre a participação do PSB no Governo do Estado, destacando que a postura do partido é de “parceria e compromisso com a governadora Fátima Bezerra, contribuindo com o governo dentro das nossas possibilidades e responsabilidades”.

Larissa disse que o foco do PSB é “garantir que o Rio Grande do Norte continue avançando, independentemente da quantidade de espaços que ocupamos na gestão”, mas não escondeu a ambição de ampliar a participação da legenda no Governo do Estado.

“Obviamente, como um partido que compõe a base governista e tem quadros qualificados, estamos sempre abertos ao diálogo sobre como podemos contribuir ainda mais com o projeto em curso”, pontuou.

A ex-deputada estadual acrescentou que, se houver uma reestruturação no secretariado para acomodar aliados, como anunciou o chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, “é natural que o PSB participe dessas discussões, sempre pautado pelo compromisso com a eficiência da gestão e com as demandas da população”.

Impacto de uma possível candidatura de Allyson Bezerra

Oriunda de uma tardiconal família de políticos mossoroenses, Larissa Rosado avalia que uma eventual candidatura a governador do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), “é algo que naturalmente desperta atenção no cenário político”.

Ela observou que ele “é um gestor bem avaliado em Mossoró”, que “tem construído sua trajetória com um perfil voltado para a midiatização e comunicação”, mas lembrou que uma candidatura a governador “exige mais do que ações de rede social”.

“É preciso articulação estadual, alianças consolidadas e um projeto que dialogue com todas as regiões do Rio Grande do Norte”, avaliou.

Em relação a uma possível aproximação do prefeito com o grupo da governadora Fátima Bezerra, como começou a ser especulado em alguns blogs, Larissa disse que vê essa “especulação com cautela”.

“Até agora, Allyson tem se posicionado como um político de oposição ao governo e, em vários momentos, adotou uma postura crítica ao grupo governista. Uma mudança de posicionamento nesse sentido exigiria mais do que gestos políticos, precisaria de um alinhamento real de ideias e compromissos”, sublinhou.

Para Larissa, o mais provável é que Allyson Bezerra “busque consolidar sua base e ampliar seu espaço com outros grupos políticos que possam viabilizar uma candidatura”.

Apesar disso, ela registrou que “a política é dinâmica” e acrescentou que “tudo depende das circunstâncias e dos interesses que vão se desenhando ao longo do tempo”. “O cenário ainda está em construção e muita coisa pode acontecer até 2026”, completou.

Reestruturação e fortalecimento do PSB

Larissa Rosado avaliou positivamente o desempenho do PSB nas eleições de 2024, destacando a ampliação da presença do partido em diversas cidades potiguares.

Para 2026, o foco será estruturar uma nominata competitiva, atrair novos nomes e consolidar alianças estratégicas. “Já estamos trabalhando na organização do PSB para as próximas eleições. Uma nominata forte não se constrói de última hora e queremos estar preparados para o pleito”, declarou.

Larissa contou que o partido está “estudando todas as possibilidades” mas que ainda “não há uma decisão definitiva” sobre uma eventual candidatura dela em 2026, afirmando que “esse é um debate que estamos construindo coletivamente, sempre com foco no que for melhor para o partido e para o nosso estado”.

Enfatizando que tem “uma trajetória política consolidada”, ela colocou seu nome à disposição caso o partido entenda que sua candidatura poderia “contribuir para esse projeto maior” de fortalecer o PSB.

“O momento agora é de diálogo, de fortalecimento das bases e de planejamento para que o PSB chegue forte em 2026”, emendou.

Apesar de reconhecer que o PSB já teve maior protagonismo no Rio Grande do Norte, Larissa disse acreditar que a legenda está em um processo de reconstrução e fortalecimento.

“Estamos investindo na reestruturação da nossa militância, no fortalecimento de nossas lideranças e no diálogo com a sociedade para crescer ainda mais”, destacou.

Articulação Nacional

No cenário nacional, a sigla se prepara para o Congresso Nacional do PSB, previsto para maio, onde o prefeito do Recife, João Campos, deve ser eleito presidente do Diretório Nacional. Larissa acredita que a liderança do jovem político pode fortalecer o partido e ampliar seu protagonismo nas eleições nacionais de 2026.

“A possível escolha do prefeito João Campos para a Presidência [do PSB] representa uma renovação dentro do partido, com uma liderança jovem, dinâmica e com um olhar voltado para o futuro, disse.

Larissa considera que o PSB “terá um papel estratégico nas eleições de 2026, tanto na construção do cenário nacional quanto na definição de alianças estaduais” pela “contribuição histórica do partido para a formação de projetos progressistas e para o fortalecimento da democracia no Brasil”.

A provável eleição de João Campos para a Presidência do Diretório Nacional, na opinião dele, dará mais “força e dinamismo” ao PSB.

“João representa uma nova geração na política, com uma gestão bem avaliada no Recife e uma capacidade de diálogo que pode ampliar o protagonismo do partido. A sua liderança será fundamental para a articulação de alianças e para a definição de um projeto nacional competitivo”, analisou.

O PSB atuará em 2026, ainda segundo Larissa, “como um partido de sustentação para a continuidade de um governo progressista no Brasil, defendendo pautas que são marcas da nossa história, como a educação, a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a inovação na gestão pública”.

Além disso, ela afirmou que o partido buscará “ampliar sua bancada no Congresso Nacional e sua presença nos governos estaduais, fortalecendo nosso espaço político e garantindo que nossas propostas tenham ainda mais impacto”.

“Vejo o PSB com um papel central na construção desse futuro, sendo uma ponte entre diferentes setores da sociedade e ajudando a consolidar um projeto de país que seja inclusivo, democrático e comprometido com o desenvolvimento”, destacou.

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