Literatura e ativismo de Amara Moira movimentam Brasília

A escritora e ativista Amara Moira agitou a Feira Agroecológica da Ponte Norte, na SQN 216, em Brasília, nesse sábado (01). Travesti e feminista, ela é professora de Literatura e doutora em Teoria e Crítica Literária pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sendo a primeira mulher trans da Unicamp titulada como
Doutora, usando o nome social. Amara esteve no stand do Coletivo Linhas da Resistência, durante a feira, para divulgar seus livros e interagir com as bordadeiras do grupo, que produz mantos e bottons artesanais com temáticas de direitos humanos, democracia e diversidade sexual.

Crédito: Claudia Correia

Bia Dignart, em nome do coletivo,ofereceu à escritora um manto com temas relativos à defesa dos direitos LGBTQIA + e à visibilidade trans. No domingo (26) o grupo participou da Marsha Nacional pela Visibilidade Trans junto com outras organizações como o Mães pela Diversidade e Flores para Democracia que também participam das rodas de diálogo e bordado aos sábados na feira.

Crédito: Claudia Correia
Arte engajada
A obra de Amara Moira está inserida na luta política por direitos humanos e pela visibilidade das pessoas trans no Brasil. Sua produção inclui os livros E se eu fosse puta(2016), autobiográfico, traduzido para o espanhol em 2022, Vidas Trans: a coragem de existir (2017), Neca + 20 poemetos(2021) e o romance em bajubá Neca, lançado em São Paulo, no dia 30 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Além desse acervo, a escritora, que coordena o Museu da Diversidade Sexual, na capital paulista, participou de duas antologias em 2019 e 2021. Amara falou com a imprensa local sobre sua trajetória. “Tive a sorte de contar com uma família que mesmo que a literatura não sendo importante para eles, acreditou que ela poderia ser para os filhos”.

Crédito: Claudia Correia
Em Brasília ela cumpriu uma extensa agenda com cinco atividades com palestras e lançamento do livro Neca na Biblioteca Demonstrativa Maria Conceição Sales, do Ministério da Cultura (MinC), dia 30 e tarde de autógrafos na Livraria Circulares dia 01.

Na feira, Amara autografou os livros e foi homenageada pelo Coletivo Linhas da Resistência, que se associou para apoiar os eventos com ela em Brasília juntamente com o Instituto Incluir, Secretaria de Cultura do Governo DF, Biblioteca Nacional,Instituto Quintal, Núcleo de Estudos sobre Diversidade Sexual e Gênero da UnB, Arquivo Lésbico e Livraria Circulares.

Agradecendo o acolhimento recebido Amara prometeu retornar à Brasília para se integrar às manifestações políticas de rua do coletivo a até “aprender a pintar e bordar com as bordadeiras do grupo”.

Crédito: Claudia Correia

O post Literatura e ativismo de Amara Moira movimentam Brasília apareceu primeiro em ANF – Agência de Notícias das Favelas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.