Lula muda postura para, no fundo, evitar seu impeachment

Um freio de arrumação, uma tentativa de mudar o cenário econômico através de um ajuste político que permita uma arrancada para a reeleição.

Essas são interpretações de analistas sobre a entrevista coletiva (raridade) concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (30).

A manifestação do Lula 3 surge num momento em que o governo muda o comando da comunicação oficial tentando melhorar os altos índices de impopularidade registrados em várias pesquisas de opinião pública.

A partir de amanhã (1º de fevereiro), a preocupação se volta para a política em função da mudança nos comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, onde os bastidores indicam um sentimento de crescimento paulatino por um impeachment.

Os novos dirigentes da Câmara vão receber amanhã, no dia em que assumem, um pedido de impedimento do presidente Lula, que hoje conta com cerca de 120 assinaturas dos 513 integrantes da Casa legislativa.

A proposta de impeachment é de autoria do deputado Rodolfo Nogueira (PL) e tem dentre os subscritores dois membros da bancada de Alagoas, Alfredo Gaspar (União Brasil) e Delegado Fábio Costa (PP), e tem como base irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação (MEC), visa evitar a evasão escolar dos jovens em situação de vulnerabilidade social.

Congressistas de oposição denunciam haver “pedalada fiscal”, de R$ 3 bilhões, pois teriam sido usados recursos que não estavam previstos em lei.

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