Líder do Novo defende pesquisa para definir candidato da oposição no RN

O futuro presidente do partido Novo no Rio Grande do Norte, Renato Cunha Lima, afirmou que a escolha do candidato da oposição ao Governo do Estado em 2026 deve ser baseada em pesquisas eleitorais. Ele também mencionou a possibilidade do senador Rogério Marinho, presidente estadual do PL, compor uma chapa nacional, o que poderia reorganizar o cenário local.

“Aquele que tiver mais votos na pesquisa. Se você der um voto na pesquisa, deve ser o critério? Deve ser o critério, afinal de contas, você ganha a eleição com votos”, disse Cunha Lima. Ele acrescentou que “o nome que tiver mais força para vencer as eleições é o nome que deverá ser escolhido”.

A declaração reforça a posição do ex-senador José Agripino Maia, presidente estadual do União Brasil, que defende que a escolha do candidato da oposição deve levar em conta a competitividade eleitoral.

Em entrevista exclusiva ao AGORA RN no dia 22, Agripino afirmou: “advogo pela realização de uma pesquisa de opinião pública feita por um instituto que eles entendem ser de credibilidade, no período em que eles julgarem conveniente. Se eles toparem esse critério, nós teremos encontrado o caminho da confluência, pela via da sensatez. Ou seja, vai ser candidato quem tiver melhor chance de ganhar, para governador, para vice, para senador, etc”.

Leia a entrevista aqui: ‘Ambições pessoais têm de ficar abaixo do interesse do Estado’, diz Agripino sobre oposição para 2026

Ao ser questionado sobre a resistência de Rogério Marinho ao critério das pesquisas, Cunha Lima argumentou que há “pesquisas e pesquisas, porque dentro das pesquisas quantitativas têm aquelas que são qualitativas”. Ele sugeriu que “não haja esse que vai ficar de fora, porque quem sabe o senador Rogério Marinho não seja alçado a uma candidatura de vice-presidência da República”, destacando que o ex-ministro tem “tido grande destaque no Senado”.

Renato Cunha Lima também comentou a especulação sobre uma possível aliança do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), com a governadora Fátima Bezerra (PT). Sobre a foto recente em que Allyson aparece ao lado de Fátima, Walter Alves (vice-governador) e Jader Filho (ministro das Cidades), ele minimizou o impacto da imagem. Segundo ele, a política potiguar “adora foto”, mas isso não significa mudança de alinhamento.

“Se fosse o contrário, vamos supor que estivéssemos no governo Jair Bolsonaro e tivéssemos uma inauguração, um lançamento de obras, ou como houve naquela questão lá da transposição do São Francisco. O prefeito lá estaria do mesmo jeito, tirando foto do mesmo jeito”, afirmou.

Para ele, é improvável que Allyson rompa com a oposição para se aliar ao governo Fátima, argumentando que “o Estado vai mal, o governo vai mal, é mal avaliado”. E complementou: “Eu não consigo enxergar que um prefeito que foi muito bem avaliado, tanto que foi reeleito com uma aclamação tão grande de votos, esteja agora contra a opinião pública que hoje rejeita o governo de Fátima”.

O futuro presidente do NOVO destacou que a prioridade da oposição deve ser unir forças para 2026 e afirmou que irá a Mossoró para dialogar pessoalmente com Allyson Bezerra. “É preciso dialogar com essas forças para que elas saiam juntas no ano que vem para um projeto no Rio Grande do Norte”, finalizou.

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