Cerco fechado: suspeita assinou encomenda de arsênio enviada pelos Correios

A Polícia Civil de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, fez uma importante descoberta no caso do bolo envenenado que resultou na morte de três pessoas da mesma família em dezembro do ano passado. A principal suspeita, uma mulher, teve sua culpabilidade reforçada por provas materiais.

Durante a investigação, a polícia obteve dados dos Correios que mostraram que uma encomenda de arsênio, o veneno utilizado nas mortes, foi recebida e assinada pela suspeita. O delegado responsável pela investigação confirmou a informação, afirmando que a assinatura no comprovante de entrega da substância não deixa dúvidas sobre a participação da mulher.

Além disso, a investigação já havia encontrado evidências de que a suspeita havia feito consultas sobre o veneno na internet. Esses dados, somados à confirmação do arsênio como causa das mortes, levaram a polícia a acreditar com segurança de que ela é responsável pela morte do sogro e pelo envenenamento da família do marido, que consumiu o bolo contaminado com arsênio.

O caso teve início em 23 de dezembro de 2024, quando seis membros da mesma família foram hospitalizados após comerem fatias do bolo de reis. Três deles não sobreviveram. A mulher que preparou o bolo foi uma das vítimas hospitalizadas e passou 19 dias na UTI antes de se recuperar.

Após surgirem suspeitas sobre a mulher, a polícia solicitou a exumação do corpo do marido da vítima, que havia falecido em setembro. Inicialmente, a causa da morte havia sido atribuída a intoxicação alimentar, mas a análise revelou que ele também havia sido vítima do arsênio, reforçando ainda mais a ligação entre a suspeita e os envenenamentos.

A mulher permanece presa, e a polícia segue investigando novos detalhes do caso, com sua prisão sendo prorrogada por mais 30 dias.

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