MP denuncia serial killer por 10 homicídios

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) denunciou formalmente Albino Santos de Lima, de 42 anos, conhecido como o “serial killer de Maceió”, por 10 homicídios cometidos na capital alagoana, muitos deles no bairro de Ponta Grossa. Entre as vítimas identificadas na denúncia estão Tamara Vanessa dos Santos e o casal Débora Vitória Silva dos Santos e John Lenno Santos Ferreira.

De acordo com as investigações, conduzidas pela Polícia Científica, Albino se autointitulava “justiceiro” e justificava seus crimes como uma forma de punir pessoas que, segundo ele, teriam ligações com o tráfico de drogas ou comportamento inadequado. No entanto, os inquéritos descartaram qualquer vínculo das vítimas com atividades ilícitas, revelando que os assassinatos eram motivados por uma visão distorcida e obsessiva do acusado.

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas destacou que Albino planejava meticulosamente seus crimes, dificultando qualquer reação por parte das vítimas. “Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade, vista a sequência de crimes cometidos. Ele é investigado por um homicídio e duas tentativas, mas há evidências claras de sua participação em outros casos, todos com características de extrema violência e perversidade”, afirmou Vilas Boas.

Serial killer tem padrão de ódio contra mulheres

As investigações também apontaram um padrão de desprezo por mulheres por parte do acusado. Albino mantinha arquivos organizados com informações de possíveis alvos, identificados por termos pejorativos. A maioria de suas vítimas eram mulheres, reforçando um comportamento misógino e preconceituoso.

Atualmente, Albino está detido em um presídio de segurança máxima em Alagoas. O Ministério Público enfatizou a necessidade de manter sua prisão preventiva, considerando-o uma ameaça significativa à ordem pública.

A promotoria reforçou que exames balísticos confirmaram que os projéteis encontrados nas vítimas eram compatíveis com a arma apreendida no momento da prisão de Albino. “Estamos diante de um indivíduo que age com total frieza, escolhendo suas vítimas a partir de critérios absurdos e preconceituosos”, concluiu o promotor Vilas Boas.

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