Empresário que vendeu carne estragada para virar ração denunciou empresa ao notar que comprou picanha de volta

Uma investigação da Delegacia do Consumidor revelou que uma grande quantidade de carne estragada foi vendida para açougues e mercados de todo o país. A carne havia sido afetada por uma enchente e foi vendida por um frigorífico do Rio Grande do Sul.

O frigorífico que vendeu a carne estragada foi quem denunciou o esquema após descobrir que havia comprado a carne de volta, como se estivesse boa e própria para consumo humano.

Quatro pessoas foram detidas em flagrante e a polícia está tentando localizar as outras empresas que compraram a carne sem saber que era um produto impróprio.

A investigação revelou que a carne estragada foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas no frigorífico. A polícia estima que a carne foi transportada para diversos outros compradores que não sabiam da procedência.

“Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida”, disse um delegado. “Quando uma mercadoria fica debaixo d’água, adquire circunstâncias e condições que trazem risco iminente à saúde”.

A polícia também descobriu que o esquema envolveu um grande lucro, com a carne estragada sendo comprada por um valor muito baixo e revendida por um valor muito maior.

Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.

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