Astrônomos investigam a origem e a composição do astro, que pode ser uma anã marrom ou um planeta supermassivo, e ainda assim teria massa 27 mil vezes maior que a da Terra
Com o avanço das tecnologias e ferramentas, e com países desenvolvidos investindo cada vez mais na corrida espacial, surgem novidades no mundo além da terra todos os dias. A última trata de um objeto enigmático e gigantesco, que está viajando, segundo a Nasa, a uma velocidade impressionante de 1,6 milhão de quilômetros por hora.
O “objeto” foi identificado pela Nasa enquanto cruzava a Via Láctea. E ee acordo com o jornal britânico The Mirror, esse astro possui uma massa 27 mil vezes maior que a da Terra, tornando-o um dos corpos celestes mais intrigantes descobertos recentemente.
Devido às incertezas em relação à sua composição nuclear, o objeto ainda não foi classificado. Segundo a Nasa, ele pode ser uma anã marrom – um corpo celeste com massa superior à de um planeta, mas inferior à de uma estrela – ou um planeta gasoso supermassivo.
“Este objeto de hipervelocidade é o primeiro desse tipo encontrado com massa semelhante ou menor que a de uma estrela pequena. Poderia ser uma estrela de baixa massa ou, se não fundir hidrogênio constantemente em seu núcleo, seria considerada uma anã marrom, colocando-a entre um planeta gigante gasoso e uma estrela,” destacou a Nasa em comunicado oficial.
Possível origem e trajetória do objeto
Pesquisadores do projeto Planet 9, responsáveis por rastrear o movimento do astro, afirmam que ele pode eventualmente deixar a Via Láctea devido à sua “hipervelocidade”, e seguir para o espaço intergaláctico – uma vasta região de plasma entre as galáxias, inacessível para a vida humana.
Batizado de CWISE J124909.08+362116.0, a origem do objeto permanece um mistério. Os cientistas trabalham com duas principais hipóteses: o astro pode ter se originado de uma supernova de anã branca – a explosão de uma estrela semelhante ao Sol – ou do encontro de um aglomerado de estrelas com sistemas binários de buracos negros.
“Quando uma estrela encontra um buraco negro binário, a complexa dinâmica dessa interação de três corpos pode lançar a estrela para fora do aglomerado globular”, explicou Kyle Kremer, do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade de San Diego, em nota divulgada pela NASA.
Monitoramento contínuo pela Nasa
Enquanto o CWISE J124909.08+362116.0 continua sua jornada pela Via Láctea, ele permanece sob observação dos pesquisadores. Imagens de satélites devem ajudar a NASA a analisar melhor sua composição e, eventualmente, classificar o objeto de forma definitiva.
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